
Reeleito até 2024, o presidente do clube alerta para as necessidades de investimento que permitam ao Caldas Sport Clube manter a tendência de desenvolvimento traçada nos últimos anos
Pouco depois de ser reeleito como presidente da Direção do Caldas Sport Clube, para o biénio 2022-2024, Jorge Reis lançou o repto. “Para aproveitar a formação, o clube precisa, pelo menos, de mais dois campos de relva sintética e, para o desenvolvimento do futebol sénior, de mais um campo de relva natural”, afirmou o dirigente, na assembleia geral que decorreu, na noite de 7 de abril, na sede da União de Freguesias de Caldas – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório.
O dirigente avisou que só assim o clube pode continuar a desenvolver-se, mantendo esta maneira de estar diferente no futebol, sem SAD e investidores.
“São armas diferentes, o clube tem de apostar na formação”, salientou Jorge Reis, notando que o Caldas está “numa encruzilhada: ou apanha o comboio do desenvolvimento ou dificilmente vai conseguir acompanhar outros clubes, quer na Liga 3, quer no futebol nacional”.
O presidente do Caldas SC nota, ainda assim, que será preciso um “maior apoio das entidades locais”.
O responsável lembrou o trabalho feito nos últimos anos, por exemplo com a recuperação do Campo da Mata, o aumento do número de espetadores nos jogos em casa e a representação da cidade a nível desportivo. “Penso que, de há sete anos a esta parte, o Caldas tem sido a instituição que mais tem representado as Caldas, tem sido uma imagem de marca e tem dado uma imagem muito positiva”, defendeu.
O Caldas é o clube com mais inscritos na Associação de Futebol de Leiria, com mais de 500 pessoas (incluíndo os 352 atletas das 20 equipas do clube, mas também treinadores e diretores).
Num balanço do trabalho feito e no perspetivar do que será o futuro, Jorge Reis explicou que o clube tem vindo a profissionalizar-se, por exemplo, ao nível da comunicação e a nível administrativo e esse é um trabalho para continuar. O próximo objetivo é profissionalizar a área da angariação de patrocínios, tão importante na atualidade.
“A sede é importantíssima para a vida do clube e nós não temos uma sede, temos um posto administrativo. O Caldas merece mais, merece uma sala de convívio para os sócios”, disse o presidente reeleito, acrescentando que têm procurado realizar algumas obras, mas as matérias-primas estão cada vez mais caras.
A nova Direção, uma lista de continuidade, conta com Jorge Reis como presidente, Raimundo Santos como presidente adjunto, Pedro Creio como vice-presidente para a área administrativa, Carlos Adrega como vice-presidente para a área financeira, Nuno Ferreira, Luís Moreira, António Sancheira, Vítor Formiga, José Rafael, Ricardo Lucas e Ricardo Conceição como vice-presidentes.
A Assembleia Geral passa a ser presidida por Jorge Varela (ex-presidente da União de Freguesias de Caldas – Santo Onofre e Serra do Bouro), contando com Rita Moiteiro, Fernando Clérigo (o único que se mantém neste órgão) e Sónia Casimiro. O Conselho Fiscal conta com Jaime Feijão, Rui Carneiro, Luís Capão e Rui Lourenço.
Na eleição houve um total de 51 votantes, sendo o resultado de 50 votos a favor da lista eleita e apenas um nulo, repetindo-se o mesmo cenário para os três órgãos.
“Se cada um de nós arranjar cinco sócios, conseguimos atingir a meta dos 10 mil sócios, o que representaria uma receita anual de quotas a rondar os 400 mil euros”, desafiou Jorge Reis, esclarecendo que atualmente o clube conta com cerca de dois mil sócios pagantes.
O dirigente foi reeleito até 2024. No final deste mandato terá cumprido oito anos na presidência, depois de ter encabeçado a Comissão Administrativa que liderou o clube até 2016. O caldense tem feito parte das Direções nas últimas décadas e mostra ambição para mais esta etapa.