Antes, no início do ano, deverão estar concluídas as obras de eletrificação da Linha do Oeste, entre Meleças e as Caldas, num investimento de 170 milhões
Adjudicada à empresa Contec -Construção e Engenharia SA por 717,5 mil euros (mais IVA), a obra de alargamento da Rua da Estação deverá estar concluída em 330 dias. O ato de consignação de empreitada teve lugar a 20 de setembro e a intervenção pretende criar condições para melhorar a fluidez rodoviária, permitindo a circulação em dois sentidos. Também serão criados mais 36 lugares de estacionamento, passando a estar disponíveis 71 lugares e será criada uma ciclovia partilhada com a rodovia. A intervenção será enquadrada por caldeiras com árvores, de forma a minimizar o impacto do aumento da circulação automóvel.
“Trata-se de um investimento bastante estruturante para a mobilidade da cidade”, afirmou o presidente da Câmara, Vítor Marques, acrescentando que a obra é paga por meios próprios, tendo a autarquia recorrido a um empréstimo para a concretizar, tal como acontece com a requalificação da Biblioteca e da entrada norte da cidade.
A autarquia pretende com esta intervenção, a par da construção da nova passagem superior de peões e do parque subterrâneo no final da Rua 15 de Agosto, requalificar toda aquela zona da cidade. Com o alargamento, de cerca de 2,5 metros, a Rua da Estação passa a ter dois sentidos e irá “aliviar um pouco a zona do Bairro Azul ou do Bairro da Ponte na saída de alguns carros das Caldas, embora a nossa política seja no sentido de haver menos carros a virem para a cidade e termos infraestruturas mais circulares que possam evitar esse tráfego”, explicou o vice-presidente, Joaquim Beato. O autarca lembrou as dificuldades de negociação com a IP – Infraestruturas de Portugal e reconhece que trará incómodo aos moradores, informando que, para o minorar as dificuldades de trânsito, a obra será efetuada por três fases. Começa junto à rotunda do Lidl e decorre até à Rua Projetada à Estação, numa primeira fase, seguindo depois até à Avenida 1º de Maio. A última fase compreende a camada final de pavimento e sinalização rodoviária na totalidade da rua.
A obra permitirá ainda resolver o “abastecimento de água aos prédios altos que estão no Largo da Vacuum”, explicou o autarca.
A passagem superior de peões deverá estar terminada neste Natal. “Quase mil pessoas passam, diariamente, na ponte velha”, referiu Joaquim Beato, justificando a necessidade daquela infraestrutura, que também dará resposta às pessoas com mobilidade reduzida.
Linha modernizada em inícios de 2025
As obras de eletrificação da Linha do Oeste estão a decorrer, mas o prazo para a sua conclusão foi uma vez mais adiado. À Gazeta das Caldas a Infraestruturas de Portugal (IP) informou que a conclusão das empreitadas está prevista para o início de 2025.
Atualmente a circulação encontra-se suspensa no troço compreendido entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras para possibilitar a execução dos trabalhos no túnel da Sapataria, de instalação da catenária de alimentação elétrica dos comboios. Segundo a empresa, ainda neste troço estão em curso os trabalhos de duplicação de via, intervenções em estações e apeadeiros, construção de passagens desniveladas e intervenção nos túneis. Já no troço Torres Vedras – Caldas da Rainha estão a decorrer as intervenções em estações e apeadeiros, ripagens de via e instalações de infraestruturas de tração elétrica. “Durante a execução dos trabalhos existem condicionantes, internas e externas, que introduzem alterações ao normal curso dos trabalhos”, refere a IP, dando como exemplo a intervenção no Túnel da Sapataria, onde após o início dos trabalhos foram detetadas “várias situações, decorrentes da imprevisibilidade da natureza geológica do mesmo e que não eram identificáveis na fase de projeto”.
Nas Caldas da Rainha a IP está a executar a intervenção sobre as plataformas de passageiros e de construção do caminho de cabos e infraestruturas de tração elétrica, em coordenação com a autarquia, tendo em conta a construção da nova passagem superior pedonal, que está a decorrer em simultâneo.
A alteração da paragem das composições na estação foi “implementada de forma a permitir o alteamento do cais a sul. Com a conclusão dos trabalhos nas plataformas deste cais, a paragem das composições será realizada centrada ao edifício da estação”, refere.
Já no caso de Óbidos, está previsto que o viaduto sobre a linha entre em funcionamento durante o último trimestre deste ano.
O valor global do investimento na modernização da Linha no Oeste entre Meleças e as Caldas é da ordem dos 170 milhões de euros.
Relativamente à eletrificação entre as Caldas e o Louriçal, decorre atualmente a fase de desenvolvimento dos estudos e projeto, seguindo-se a avaliação de impacto ambiental e posteriormente o lançamento dos vários concursos públicos relativos à empreitada, subestações, aquisição de materiais, sinalização, entre outros, esclarece a IP. ■