No passado fim de semana iniciaram-se as comemorações dos 18 anos de fundação do Armazém das Artes de Alcobaça e do segundo aniversário da sua reabertura.
O programa das comemorações da entrada na “maioridade” e dois dois anos de reabertura iniciou-se, na tarde de sexta-feira, dia 21 de março, com a inauguração de duas exposições: uma mostra coletiva de artistas contemporâneos portugueses intitulada de “Nós e ela” e a exposição “Por olhos que sentem”, que reúne, na Galeria do Armazém, 40 obras da autoria de sóLuna.
Do programa constou ainda a exibição do documentário “Flores, um mundo de beleza”, cuja realização, produção e guião são da autoria do agrónomo alcobacense Joaquim Vieira Natividade e que foi estreado em 1958. O filme foi exibido no sábado, dia em que foi apresentado também o concerto “Do Livro da Ilusão e Outras Histórias”, de Daniel Bernardes & António Quintino, que contou com uma primeira parte do ensemble de jazz da Academia de Música de Alcobaça.
No domingo realizou-se um concerto de Lder (com o violinista António Figueiredo e o guitarrista Rui dos Santos).
Ao longo do fim de semana realizaram-se outros momentos culturais e oficinas (com Mariana Flores e Ana Moreira).
No Vinil à Hora o convidado foi Rui Vieira Nery e a DJ Fire Party, no dia 21, numa edição especial, foi uma jam session com vários convidados.
Este fim de semana ainda há comemorações a decorrer, com a DJ Fire Party com Fernando Ribeiro (dos Moonspell) na Sala do Artista.
Dois anos de reabertura
Inaugurado em março de 2007 pelo seu mentor, o ceramista e escultor alcobacense José Aurélio, num edifício que tinha sido uma serralharia e um armazém de vinhos, o Armazém das Artes pautou-se por uma grande dinamização cultural nos primeiros cinco anos de vida, mas viria a encerrar por dificuldades económicas para a manutenção do espaço.
O encerramento acabou por durar mais de uma década e apenas em março de 2023, após um apoio da Câmara Municipal de Alcobaça, voltou a reabrir, com programação cultural regular.
O Armazém das Artes tem sido dinamizado pelo escultor e ceramista que esta semana celebrou 87 anos e pela sua filha, Maria Manuel Aurélio, que têm proporcionado a realização de diversas iniciativas culturais nos cerca de 2000 metros quadrados do espaço.