Câmara de Alcobaça manifesta-se contra a Linha do TGV

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Demolição de mais de 40 casas na génese da decisão
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A Câmara de Alcobaça emitiu  um parecer negativo ao estudo de impacto ambiental da futura linha de alta velocidade (LAV) Lisboa–Porto, por implicar a demolição de cerca de 40 casas no concelho.

A autarquia tomou esta decisão de enviar “um parecer desfavorável porque este projeto é de interesse nacional, mas tem impactos negativos para o concelho”, afirmou o presidente do município, Hermínio Rodrigues, numa sessão pública de esclarecimento sobre a passagem da Linha Ferroviária de Alta Velocidade neste concelho, que decorreu na última semana.

Na sessão, que contou com cerca de três centenas de pessoas interessadas em tirar dúvidas sobre os impactos do traçado, o autarca disse considerar que, entre os dois traçados propostos (o A e o B), “o B é mais favorável”, mas ainda assim, a autarquia decidiu pronunciar-se desfavoravelmente porque “estão em risco de demolição 41 casas”, conforme explica a agência Lusa.

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Hermínio Rodrigues defendeu ainda que, na zona de Aljubarrota, após um troço em que os dois traçados se juntam, passe a ser seguido o traçado A porque “manter o trajeto B implicaria demolir muito mais casas”.

O projeto esteve em consulta pública até ao dia 21 deste mês e poderá também implicar a deslocalização de empresas na freguesia de Turquel, entre outros “prejuízos” apontados na sessão, que não contou com a presença de qualquer representante da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), da REFER ou da Infraestruturas de Portugal (IP).

No concelho de Alcobaça, o traçado da Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa afeta as freguesias da Benedita, de Turquel, de Évora de Alcobaça, de Aljubarrota, bem como a União de Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes e a União de Freguesias de Pataias e Martingança.

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