Sabia que existem 22.566 árvores georreferenciadas no concelho, de 257 espécies, sendo que a mais representativa é o loureiro? Que destas, 589 têm mais de 100 anos e que, só na Mata Rainha D. Leonor existem 5877 árvores pertencentes a 63 espécies?
Estes são alguns dos números que constam do Inventário Municipal do Arvoredo em Meio Urbano, concluído o ano passado e que congrega toda a informação relativa às árvores acessíveis ao público no concelho caldense. Destas mais de 22 mil árvores foram selecionadas as 25, tendo por critérios o porte, beleza, singularidade ou a idade, para criar a Rota das 25 Árvores Emblemáticas em 2025, que foi apresentada na tarde de 22 de março, para assinalar o Dia da Árvore. A cerimónia decorreu em frente à Biblioteca Municipal, onde se encontram duas tuias, que integram a rota, que inclui árvores de todas as freguesias caldenses. A autarquia tinha previsto uma série de atividades, integradas na Festa da Árvore, no Parque das Águas Santas, mas que foram adiadas devido ao mau tempo.
O trabalho foi realizado pelo Gabinete do Ambiente que, após identificar as 25 árvores no concelho, colocou uma placa identificativa junto a cada uma delas, e numerada, estabelecendo uma rota, que começa com uma palmeira, na Foz do Arelho e termina com um pinheiro manso, na União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório. É, aliás, nesta freguesia, onde se encontram o Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor, que existem mais árvores “emblemáticas”, num total de oito.
“Algumas espécies estão representadas em mais do que um exemplar, mas procurámos que todas as freguesias ficassem representadas, não só por serem exemplares emblemáticos mas também porque podem ter alguma história de relação com o local”, referiu Carla Santos, bióloga do Gabinete do Ambiente, dando os exemplos do pinheiro manso existente na Escola Básica do Nadadouro, ou da palmeira no Palacete da Foz do Arelho. A equipa do Gabinete do Ambiente, composta por uma arquiteta paisagista, um engenheiro florestal, uma engenheira do ambiente e uma bióloga, refere que o objetivo desta rota passa por fomentar o conhecimento do arvoredo em meio urbano, mas também dar a conhecer melhor o concelho.
O presidente da Câmara, Vítor Marques, lembrou que, resultado da depressão Martinho, na última semana os bombeiros e a Proteção Civil municipal tiveram mais de 180 intervenções em árvores. “Há necessidade de ir acompanhando e monitorizando todo este processo e complementando com plantação”, referiu o autarca.
Vítor Marques lembrou que Já foi feito um conjunto de plantações e de substituições de árvores no concelho, dando o exemplo do Parque Urbano das Águas Santas.
Ainda ao nível do Ambiente, a autarquia tem prevista a manutenção nas várias linhas de água do concelho, que passa pela recuperação das galerias ripícolas, começando pelo Rio da Cal. Há também já orçamento e planos para reabilitar as ETARs, algumas delas “bastante obsoletas”.