Direção, da qual faz parte a Câmara das Caldas, reuniu com a secretária de Estado da Saúde
O presidente da Câmara das Caldas, e vice-presidente da Associação de Termas de Portugal (ATP), Vítor Marques, e o presidente da mesma associação, Vitor Leal, reuniram, a semana passada com a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, para mostrar algumas das suas preocupações nesta matéria. Desde logo a comparticipação dos tratamentos termais, cuja prescrição apenas pode ser feita pelo médico de família e que estes responsáveis defendem que possa ser alargado a médicos da especialidade (otorrinolaringologia ou dermatologia), tal como acontece com outros tipos de prescrições.
Outra das preocupações tem a ver com o prazo das prescrições para os tratamentos termais, que é de apenas um mês, quando noutras prescrições médicas a validade é maior. A desmaterialização das credenciais foi também abordada pelos representantes das termas de Portugal, tendo em conta que “os documentos ainda são todos feitos e enviados em papel”, explicou Vítor Marques à Gazeta das Caldas.
A governante foi ainda confrontada com o facto das análises às águas termais, cuja exigência duplica a de outros países da Europa, nomeadamente a França, um país de referência no termalismo. No estrangeiro as análises “são feitas quinzenalmente, enquanto que em Portugal são semanais, o que acarreta o dobro dos custos”, referiu o autarca, acrescentando que esta situação cria um “desequilíbrio e desigualdade muito grandes entre o que são as obrigações das termas em Portugal e noutros países”.
Vítor Marques considera que estas desigualdades podem colocar em causa a sustentabilidade do termalismo e que as alterações propostas fomentarão o uso das termas. ■