Congresso Empresarial do Oeste está de volta ao fim de seis anos

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Paulo Simões, secretário executivo da OesteCIM, considera fundamental para a região a realização deste fórum
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Forum vai discutir as estratégias para o futuro da economia da região e conta com cerca de 20 oradores

As forças vivas do Oeste vão voltar a reunir-se para o Congresso Empresarial do Oeste, que tem lugar esta quarta-feira, 13 de novembro, no grande auditório do CCC. Este é o terceiro congresso empresarial da região, que assim retoma este tipo de fórum após a última realização ter sido em 2018.
O congresso surge como forma de congregar todos os players da região que têm relevo na atividade empresarial, desde logo as empresas e empresários, mas também os municípios, associações empresariais e a academia. O objetivo é encontrar linhas orientadoras que permitam uma melhor definição da estratégia, tanto ao nível das políticas públicas quanto das próprias empresas.
Na última edição, em 2018, o congresso contou com a participação de cerca de 400 congressistas, número que se espera, pelo menos, igualar na edição deste ano. As inscrições continuam abertas em congressoempresarialoeste.pt e são gratuitas. Na altura, o objetivo da organização era realizar o congresso uma vez a cada dois anos, intenção que foi gorada pela pandemia. Agora, com a economia mundial e a sociedade em mudança, o congresso volta a ter lugar sob o chapéu da OesteCIM, que lidera a comissão organizadora que é ainda composta pela Federação das Associações Empresariais da Região Oeste (FAERO) e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, na qualidade de município anfitrião.
Paulo Simões, secretário executivo da OesteCim, considera que a realização de um novo Congresso Empresarial do Oeste “é fundamental para a nossa região”. “Este fórum proporciona não apenas um espaço para debater a estratégia de futuro, mas também para fortalecer as sinergias entre os diversos stakeholders, como as empresas, instituições e a própria comunidade”, afirma.
Juntar todas as forças vivas da região nesta discussão proporciona “um diálogo essencial para identificar desafios, oportunidades e construir um plano conjunto que responda às necessidades dos empresários e da população, numa governação com foco nas pessoas”, acrescenta.
O programa sugere como temas principais os desafios estratégicos da Região Oeste que se quer atrativa para viver, trabalhar e investir, os desafios para a criação de valor nas empresas tanto ao nível dos recursos humanos, como ao nível da governança ambiental, social e corporativa e abre a porta a um novo desafio para a região, nomeadamente a tecnologia e Inteligência Artificial.
“A importância destes temas é crucial, pois as transições digitais e ambientais são motores para o crescimento a longo prazo, enquanto a diversificação económica e o investimento no capital humano garantem uma base sólida e resiliente para pensar no futuro da região e atrair investimentos”, realça Paulo Simões.
Nos últimos anos, o Oeste tem-se revelado uma região atrativa ao nível do turismo e tem sido capaz de reter cidadãos estrangeiros que vêm tanto desfrutar das suas reformas, como aproveitar as condições que oferece sobretudo para quem faz trabalho remoto. No entanto, a captação de investimento não tem seguido o mesmo ritmo.
O secretário executivo da OesteCIM acredita que, para que isso seja uma realidade, “precisamos de fortalecer a rede de transportes, garantir acesso a serviços essenciais e criar um ambiente de negócios que favoreça a inovação e a colaboração entre empresas e investidores”.
Paulo Simões aponta também que é preciso que o tecido empresarial da região abrace a era digital. Por um lado, “é fundamental que as empresas se adaptem e capacitem os seus recursos humanos para serem competitivas e criarem valor para o mercado”, defende. Por outro, “a utilização dos dados e a implementação de soluções de inteligência artificial são cruciais para otimizar processos, tomar decisões mais informadas e aumentar a eficiência operacional”.
Seguindo a estratégia que a própria OesteCIM tem procurado implementar, de uma região inteligente e sustentável, “também é importante que as empresas integrem a sustentabilidade nas suas operações, reduzindo a pegada carbónica, pois isso não só responde às exigências do mercado atual, mas também as posiciona como responsáveis e inovadoras”.
É também ao criar esse ecossistema inteligente e sustentável que se conseguirá promover a região como um polo de negócios dinâmico e inovador que se conseguirá “atrair grandes empresas e garantir um crescimento sustentável”, acredita.
Outra necessidade na região prende-se com a competitividade salarial. Segundo dados do INE, a região tem vindo a perder competitividade a este nível, comparando com as regiões vizinhas, estando já entre as 10 regiões do país em que o valor médio é mais baixo. Para inverter esta tendência, “precisamos de promover a formação e qualificação profissional, alinhando as competências dos trabalhadores às necessidades das empresas”. É também necessário “incentivar as empresas a oferecer salários mais competitivos, através de políticas de apoio à inovação e ao crescimento”, defende, acrescentando que “um ambiente empresarial dinâmico e atrativo é crucial para aumentar a competitividade salarial na região”.

A última edição realizou-se em 2018 e juntou cerca de 400 congressistas

Cerca de 20 oradores
O Congresso Empresarial do Oeste tem lugar no dia 13 de novembro, quarta-feira, e inicia-se pelas 9 horas, com a sessão de abertura que terá intervenções das três principais entidades que estão na organização, nomeadamente os presidentes da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, da assembleia da FAERO (Federação das Associações Empresariais da Região Oeste), Filomena Frade, e da OesteCIM, Pedro Folgado. À hora do fecho desta edição estava ainda por confirmar a disponibilidade de um membro do governo para participar nesta sessão.
Após a abertura, terá a palavra Paulo Madruga, professor auxiliar convidado do Instituto Superior de Economia e Gestão e líder da equipa da EY-Parthenon de Governo e Setor Público, que irá lançar as notas principais que servirão de discussão ao longo do dia.
O primeiro painel inicia-se às 10h45 com o tema Desafios Estratégicos da Região Oeste (Viver – Trabalhar e Investir – PT2030), moderado por Nuno Almeida. Este painel tem como oradores Daniel Pinto, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste que estará também em representação do Turismo de Portugal, Jorge Brandão, vogal executivo do Comissão Diretiva Centro 2030, Agostinho Silva, que integra a estrutura de missão para o Desenvolvimento do Ecossistema Leiria & Oeste do Politécnico de Leiria, Ricardo Arroja, presidente da AICEP, José Pulido Valente, presidente do IAPMEI, e Fernanda Ferreira Dias, diretora geral das Atividades Económicas.
Após o almoço, pelas 14h30, inicia-se o painel Desafios para a criação de valor nas empresas, que discutirá recursos humanos e governança ambiental, social e corporativa. Neste painel está confirmada a presença de Nazanin Sabet, representante do Grupo MCS.
O terceiro e último painel, que tem horário previsto para as 16h30, tem como tema a Tecnologia e Inteligência Artificial nos Territórios. Será moderado por Paulo Simões e tem como oradores Miguel Castro Neto, diretor da Nova IMS, Ricardo Pires Silva, diretor da Microsoft Portugal, Jorge Soares, presidente da Maçã de Alcobaça, Ruben Eiras, secretário geral do Fórum Oceano, Pedro Sarmento, em representação da Agência para a Modernização Administrativa, e Sérgio Constantino, administrador da Frutas Classe.
Após a sessão de encerramento, prevista para as 18h15, irá ainda decorrer uma sessão de networking. ■

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