
Câmara justifica muro polémico com necessidade de conter terras do terreno a nascente
A intervenção na entrada norte da cidade tem gerado alguma controvérsia, tanto pelos constrangimentos de trânsito como, mais recentemente, pelo muro que foi construído. De acordo com a Câmara das Caldas trata-se de um muro de suporte de terras, que acompanha a altura do talude (superfície de terreno íngreme ou com forte declive), evitando que as terras desmoronem para a estrada. “O muro acompanha a altura do talude, como os muros de suporte de terra devem acompanhar”, referiu o vereador Joaquim Beato. Ainda de acordo com o mesmo responsável, com a construção da estrada e do passeio, o muro não parecerá tão alto, variando a sua altura, conforme o talude, entre os 2,7 metros, junto à rotunda e 1 metro, na zona dos Estores Rainha.
O muro tem 375 metros de comprimento e um custo na ordem dos 214 mil euros. A autarquia não tentou adquirir mais terreno porque considera haver área suficiente para implementar o projeto, tanto mais que neste troço será criada uma ciclovia direcional, ao contrário da Rua da Palhagueira, onde há uma ciclovia de cada lado, tendo em conta a escassez de espaço.
“Para o perfil de estrada que projetámos não fazia sentido ter um custo adicional no terreno”, explicou o presidente da Câmara, Vítor Marques, à Gazeta das Caldas.
A empreitada da primeira fase das obras de requalificação da entrada norte da cidade (dividida em dois lotes)foi consignada por cerca de 1,1 milhões e, de acordo com a autarquia, está sensivelmente a meio. Tem por objetivo a criação de melhores condições de circulação rodoviária, de uma ciclovia e a renovação da rede de abastecimento de águas e esgotos. A decorrer num troço com uma extensão de um quilómetro, entre as rotundas do McDonald’s e do Maxmat, inclui melhoramentos nas duas rotundas e a criação de uma nova, junto à antiga Subtil, no entroncamento com a Rua da Palhagueira e vem melhorar a imagem da entrada norte, pela Estrada da Tornada.
Uma segunda fase da obra prevê o troço entre a nova rotunda e as ruas que, na primeira fase, funcionam como alternativas ao trânsito (troço entre o entroncamento da rua da Palhagueira e a rotunda com as ruas da Capela e Carreira do Gado), assim como a sua repavimentação, melhoramento das condições de drenagem e construção de valetas.
Rua da Estação terminada em junho
As obras na Rua da Estação deverão estar terminadas em junho, tal como a nova ponte pedonal, informou o presidente da Câmara, adiantando que, logo que esta entre em funcionamento, será retirada a ponte antiga.
Adjudicada à empresa Contec -Construção e Engenharia SA por 717,5 mil euros (mais IVA), a obra de alargamento da Rua da Estação permitirá a circulação em dois sentidos, assim como a criação de mais 36 lugares de estacionamento, passando a estar disponíveis 71 lugares, É também criada uma ciclovia partilhada com a rodovia e haverá caldeiras com árvores, de forma a minimizar o impacto do aumento da circulação automóvel. É exatamente o enchimento das caleiras de brita, fazer os retoques em betão das caixas de esgoto, preparar as ligações da eletricidade e fazer as concordâncias, que está a ser ultimado.
