António Delgado, professor e coordenador do curso de Artes Plásticas da ESAD, está neste momento afastado da escola, sem salário e sem perspectivas de voltar a entrar porque viu anulado o concurso público que o nomeou.
Em 2010 este professor do ensino superior trocou a Universidade da Beira Interior pela ESAD, que pertence ao IPL. Era professor com nomeação definitiva na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, desde 2007 mas, após ter-se classificado em primeiro lugar num concurso público aberto pelo IPL para o cargo de coordenador da área científica de Artes Plásticas na ESAD, mudou-se para a escola caldense.
Na altura rescindiu o contrato com a UBI, tendo assinado por tempo indeterminado com o IPL e, assim, passado a integrar o seu quadro de pessoal docente.
Após oito anos a dar aulas na ESAD, António Delgado recebeu em Julho de 2018 uma carta assinada pelo presidente do IPL a informá-lo que o Tribunal Administrativo de Lisboa tinha anulado o concurso do IPL que o nomeara para o seu quadro.
Em causa esteve uma contestação do concurso por parte de outro candidato, Pedro Rosado, entretanto falecido, mas a quem o Tribunal daria razão.
António Delgado ficou, assim, sem o lugar, dado que o concurso que permitiu a sua admissão foi anulado. Por outro lado, também não pode regressar à Universidade da Beira Interior dado que rescindiu o contrato em 2010 e esta contratou novos professores.
António Delgado referiu à Gazeta das Caldas que a direcção do IPL em 2012 já sabia da impugnação do seu concurso e acusa aquela entidade de não o ter informado. O docente que nessa altura já dava aulas na ESAD há dois anos, queixa-se que o IPL nunca contestou a impugnação do tribunal e acusa a instituição de ter cometido “um acto ilegal” em relação ao concurso que o nomeou como coordenador.
Por sua vez, o IPL limitou-se a responder, através de fonte oficial, que está obrigado a cumprir a decisão judicial relativa à anulação do concurso.