A Conservatória do Registo Civil das Caldas esteve encerrada duas semanas devido à greve dos funcionários dos registos e notariado. A adesão foi total e só foram cumpridos os serviços mínimos decretados pelo Governo. No caso das Caldas foram apenas celebrados os casamentos já agendados.
Este é um serviço que nas Caldas já vai apresentando problemas há anos. Gazeta das Caldas noticiou as queixas em relação aos elevados tempos de espera já em Junho de 2018, mas o problema tem-se vindo a manter. Segundo fonte interna, o mês de Agosto “foi caótico, com tempos de espera médios a rondar as três horas e muitas vezes a colocar limite de senhas logo às 11h00, porque havia uma multidão à porta antes das 9h00”.
A falta de funcionários e de renovação geracional nos serviços e as próprias condições de ventilação do espaço são alguns dos problemas mais graves, assim como as condições dos equipamentos informáticos.
Em termos de recursos humanos, a escassez nas Caldas impede o serviço de cumprir uma obrigação: os serviços externos, por exemplo a acamados, que obrigam à deslocação de dois funcionários.
Entre as principais reivindicações que levaram os trabalhadores dos registos e notariado a fazer greve, está ainda uma revisão do sistema remuneratório, a progressão e as promoções na carreira e a abertura de novos concursos internos e externos.
A greve, que começou a 23 de Setembro, terminou a 4 de Outubro, com uma concentração em Lisboa em protesto contra a falta de diálogo do Governo.