Temperaturas baixas não arrefeceram as marchas populares caldenses

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A tradição cumpriu-se uma vez mais no dia 19 de Junho, com o desfile das marchas populares no Largo da ex-UAL, que reuniu muita cor e alegria.
À semelhança de anos anteriores, as marchas de Santo Onofre (Monte Olivetti), da Sociedade de Instrução Musical Cultura e Recreio de A-dos-Francos), da Associação Recreativa Cultural do Coto e  do Centro Social e Cultural para o Desenvolvimento do Olho Marinho, voltaram a passear os seus trajes e músicas feitos propositadamente para o evento.
Numa noite fria, e embora com menos público do que em anos passados, centenas de pessoas não deixaram de comparecer no largo onde se homenageia os santos populares e as freguesias.
António Jesus, residente em Santo Onofre, disse à Gazeta das Caldas que “todos os anos dou um pulinho até aqui para ver as marchas. Estão todos bem-dispostos e vimos apoiar as nossas freguesias.”
Também Gertrudes Silva se encheu de coragem e saiu de casa para assistir ao desfile. “Temos de apoiar estas coisas. Estive mesmo para não vir porque está muito frio e vento, mas depois pensei neles [nos marchantes] e vim e estou a gostar muito”.
Já Cremilde Antunes, da freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, defende que “devia haver mais pessoas a participar e mais freguesias porque até agora são sempre as mesmas. Embora façam um bom trabalho, a festa seria mais bonita se mais freguesias se organizassem e fizessem o mesmo, como em Lisboa”, conclui.
A música e os trajes complementaram a noite, que no caso da freguesia do Coto serviu também para celebrar os 400 anos da sua existência.
Esta é também uma oportunidade para que crianças, jovens, adultos e idosos se reúnam com o propósito de desfilar o orgulho pela freguesia e partilhar o sentimento que os une em torno de um pequeno território.
À festa, organizada pela Câmara, não faltaram as tradicionais sardinhas e febras, farturas, churros e muita música para animar a noite, que promete voltar no próximo ano.

Ana Elisa Sousa