Federação das Associações de Reformados do Distrito de Leiria

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A FARPIL dirige-se aos reformados, pensionistas e idosos do distrito de Leiria neste novo ano para denunciar o prosseguimento da “velha” política que agrava o ciclo de empobrecimento deste grupo social.
A FARPIL denuncia:
– O congelamentos das reformas e pensões para 2015 de mais de três milhões e seiscentos mil reformados e pensionistas, de velhice, de invalidez e de sobrevivência;
– A mentira do governo PSD/CDS-PP quando afirma que aumenta em 2015 as pensões mínimas em 1%, quando apenas aumento o 1º escalão das pensões mínimas do regime de segurança social em alguns míseros cêntimos diários, mantendo o congelamento de todos os outros escalões. O mesmo se regista no âmbito da Caixa Geral de Aposentações em que, igualmente, ficam de fora as pensões mínimas com períodos contributivos mais longos. Recorda-se que o congelamento dos valores das reformas e pensões se mantém desde 2010;
– O ridículo aumento de 1% abrange o regime especial das actividades agrícolas (+2,39 euros mensais) e a pensão social do regime não contributivo com um aumento mensal de 2 euros. Igualmente insignificantes são os aumentos dos complementos por dependência.
É preciso pôr fim a uma politica com dois pesos e duas medidas
Portugal é dos pais da União Europeia com pensões mais baixas
Nas últimas décadas Portugal manteve-se como o país da União Europeia (UE) com pensões mais baixas em resultado das políticas realizadas por sucessivos governos.
Em 2011 os idosos portugueses tinham menos condições para viver a sua velhice com qualidade do que no resto da UE.
Em 2014 a pensão média de velhice de um milhão e cento e setenta mil reformados era de 336 euros.
Neste ano um milhão oitocentos e noventa e um mil pensionistas de velhice tinham uma pensão média de 414,50 euros.
Em Portugal os mais ricos ganham dez vezes mais que os mais pobres
O nosso país tornou-se nos últimos anos um país mais desigual em termos de distribuição de rendimentos: o rendimento dos 10% mais ricos é hoje dez vezes superior ao dos 10% mais pobres. O fosso entre ricos e pobres está no pior nível nos últimos 30 anos (fonte OCDE)
Grande fortunas cresceram milhões de euros nos três anos de troika em Portugal.
A FARPIL exige:
– Descongelamento de todas as pensões;
– Reposição dos valores retirados aos pensionistas;
– Revalorização do conjunto das reformas e pensões como parte integrante da defesa do Sistema Público Universal e Solidário para todos os portugueses;
– Aumento de 4,7% em todas as pensões e um aumento de 25 euros mensais nas pensões mais baixas;
– Garantia do direito à saúde e a serviços públicos de qualidade;
A FARPIL exorta todos os reformados e pensionistas a participarem nas iniciativas de protesto e luta que serão a resposta necessária de exigência de afastamento do actual governo e de concretização de uma mudança profunda na política nacional, alicerçada na melhoria das condições sociais e económicas dos portugueses e, em particular, dos reformados e pensionistas.
Contamos com todos neste protesto e luta.
Juntos teremos mais força.

Federação das Associações de Reformados do Distrito de Leiria