Pelo quarto ano, a União de Freguesias Nª Sra. do Pópulo, Coto e S. Gregório e o CCC promovem a iniciativa Bandas na Praça, um evento que leva as cinco bandas do concelho à Praça da Fruta nos próximos sábados à noite, até ao dia 28 de Julho.
A primeira a actuar foi a Sociedade Filarmónica Catarinense, que se apresentou com 35 elementos, dos 11 aos 75 anos, coordenados pelo novo maestro, Gonçalo Sousa.
Amanhã, dia 7 de Julho, pelas 21h30, actua a Banda Comércio e Indústria.

Sábado à noite, dia 29 de Junho. São 21h30, mas o tempo está tão agradável que até é permitido sair de casa sem levar casaco. Uma raridade nas Caldas da Rainha, onde mesmo no Verão é quase obrigatório sair à noite com um abrigo que nos proteja da brisa fresca. As condições não podiam ser então mais favoráveis ao arranque do ciclo de concertos Bandas na Praça, que se irá realizar todos os sábados até ao final deste mês.
Os primeiros a actuar são os mais antigos do concelho e também os que vêm de mais longe. A banda da Sociedade Filarmónica Catarinense celebrou em Maio 126 anos e apresenta-se com 35 elementos e música para todos os gostos. Os temas “Olympic Spirit” (John Williams), “One Moment In Time” (Whitney Houston), “Uma Noite em Lisboa” (Álvaro Reis, ex-maestro da Banda Comércio e Indústria) e meddleys dos Abba e dos Xutos e Pontapés fazem parte do concerto que termina com um tributo a Zé Pedro, guitarrista dos Xutos que faleceu em Novembro do ano passado.
O espectáculo é também uma oportunidade para a filarmónica dar a conhecer à cidade o seu novo maestro.
Gonçalo Sousa é músico na Banda da Força Aérea e desde Fevereiro que abraçou o projecto em Santa Catarina. “Estamos num bom caminho, aquilo que tenho tentado fazer é acrescentar novas ideias, trabalhando um repertório que chegue a todos os públicos com temas clássicos, populares e modernos”, diz o maestro à Gazeta das Caldas, acrescentando que a banda sobrevive graças à disponibilidade voluntária dos seus elementos. “Nem sempre é fácil reuni-los todos, mas a vontade deles tem-se sobreposto às ausências”, realça.
FALTAM VOLUNTÁRIOS
A falta de músicos é um problema que se agravou recentemente com a ida de muitos jovens para a universidade. Quem o diz é Luís Almeida, que toca na banda há 41 anos e é actualmente o seu presidente. “Chegámos a ser 44 elementos, hoje somos cerca de 35, mas há muitos colegas que trabalham ou estudam fora, em Évora, Lisboa, Coimbra ou Aveiro, por isso não conseguem estar presentes em todos os ensaios ou concertos”, afirma o responsável.
Por outro lado, iniciativas como os concertos na Praça da Fruta, “são muito positivas para nos darmos a conhecer aos caldenses e para os músicos mais novos passarem pela experiência de actuar num dos pontos mais importantes da cidade”. Para Luís Almeida, a relação entre a comunidade e as filarmónicas é hoje mais próxima e essa evolução também se deve a este evento.
O próximo grupo convidado é a Banda Comércio e Indústria, que actua amanhã, dia 7 de Julho. Segue-se a Banda Filarmónica de A-dos-Francos (14), a Banda Filarmónica de Alvorninha (21) e a Orquestra Monte Olivett (28).
Todos os concertos começam às 21h30 e têm entrada gratuita. Também em todos os espectáculos haverá um convidado trazido pelas bandas da casa. No passado sábado, a Sociedade Filarmónica Catarinense chamou ao palco o rancho da sua freguesia, “Vale Choupinho” das Relvas, que mostrou ao público as principais tradições daquela terra.