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A ESAD, no âmbito da cátedra em Gestão das Artes, Cultura, Cidades e Criatividade vai lançar uma revista, criar o Observatório Living Cities e dinamizar o Fórum para as Artes e Sustentabilidade, entre outros projectos. Todos eles foram anunciados na cerimónia de inauguração da cátedra que teve lugar a 5 de Dezembro e que contou com uma lição inaugural do investigador João Caraça.

No âmbito da Cátedra, a escola de artes caldense tem como objectivos a concepção de uma revista dedicada à curadoria artística, programação e gestão cultural, a criação do Observatório Living Cities, para investigação e formação em gestão e políticas urbanas para as artes e a cultura, a dinamização do Fórum para as Artes e Sustentabilidade, e a participação no projeto internacional Mirror Identity Drawings para exploração da identidade através do desenho enquanto ferramenta de pesquisa e compreensão.
Os projectos terão coordenação técnica da docente Luísa Arroz, que referiu que algumas das iniciativas deverão ter mais visibilidade pública dentro de três meses. Estão igualmente agendadas actividades com universidades de Cabo Verde, do Equador e do Brasil.
“Vamos lançar cursos de formação que serão dirigidos a técnicos de autarquias, programadores, artistas e produtores”, disse Luísa Arroz, que quer apostar forte na ligação entre a ESAD com outras universidades portuguesas e trazer à escola de artes conferencistas estrangeiros.

Gazeta das Caldas - ESAD
A sala encheu-se de convidados onde estiveram deputados e académicos de várias universidades portuguesas e estrangeiras

O director da ESAD, João Santos, salientou o desenvolvimento económico e social que a cátedra conferirá à região, até pela sua capacidade agregadora e de materialização que tem muito a dar à sociedade. Para o responsável, o reconhecimento da Unesco acaba por ser um marco, dado que surge numa altura em que a escola de artes caldense se prepara para celebrar o seu 30º aniversário.
Para o titular da Cátedra, João Bonifácio Serra, o compromisso com a UNESCO, iniciado em 2017, reforça o projecto de criação da ESAD e vai permitir “recentrar o desígnio da escola na inovação pedagógica e didáctica, no pensamento crítico e na internacionalização”.
A Cátedra tem como missão desenvolver investigação e formação em gestão e políticas urbanas das artes e da cultura, em articulação com diversas organizações portuguesas e estrangeiras. Vai ligar-se também aos municípios da região e a outros parceiros da América Latina e dos países africanos de língua portuguesa.

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Em busca de soluções sustentáveis

Para Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, a cátedra permite “afirmar todo este território como um espaço que coloca o conhecimento e a cultura ao serviço da sociedade”.
Na sua intervenção, Rita Brito, representante da Comissão Nacional da UNESCO, sintetizou a missão desta e das restantes 11 cátedras existentes em Portugal e que se concretiza “na partilha, progressão e intercâmbio do conhecimento”. As cátedras promovem este tipo de trabalho ao longo de dois anos, sendo os seus prazos renováveis. No fundo, as cátedras servem ainda para que no seio da universidade “mentes brilhantes ajudem a encontrar soluções sustentáveis”, não só no meio académico, mas contribuindo também para o desenvolvimento das empresas e da própria região.
O cientista João Caraça proferiu a lição inaugural da Cátedra, com o tema “A Arte de usar a Ciência”, onde estabeleceu uma ligação entre a criação de conhecimento e o seu uso pela sociedade, relação essa que tem de ser trabalhada e melhorada, e que consubstancia a principal missão do projecto.

 

Elementos do Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo da Cátedra UNESCO da ESAD é composto por João Caraça, consultor da Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Fernanda Rollo, professora e investigadora e antiga secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas e Raquel Henriques da Silva, professora e investigadora de História de Arte. Fazem parte também Carlos Martins, gestor cultural, Emídio Ferreira, professor e investigador de História de Arte, Madalena Victorino, coreógrafa e curadora, Inês Moreira, professora e curadora, e Ana Umbelino, vereadora da Cultura da Câmara de Torres Vedras. Luísa Arroz, coordenadora da licenciatura em Programação e Produção Cultural e do mestrado em Gestão Cultural da ESAD é a coordenadora técnico-científica.

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