Carlos Sá Pires abriu novo ciclo de exposições que a responsável Franchesca Melendez quer que sejam mensais
Abriu a 11 de outubro, na Galeria Bohío Creative, a exposição “Abraço de Cor” e que é da autoria de Carlos Sá Pires.
A mostra deste autor que vive nas Caldas da Rainha há cinco anos. “Pinto a óleo e tiro grande partido do uso da cor”, contou o autor, de 70 anos, que retrata animais, frutas e elementos da natureza, explorando o contraste entre as cores.
Nesta mostra estão presentes desde os primeiros esboços até às telas texturadas onde o artista interliga as emoções com as cores. “Pinto desde miúdo e fi-lo regularmente ao longo de toda a vida”, disse Carlos Sá Pires que tem as paredes da sua casa, totalmente decoradas com as suas pinturas. “A minha habitação e a dos meus familiares também têm obras minhas”, referiu este autor que veio à Bohío Creative para dar a conhecer os seus trabalhos dedicados sobretudo à figuração. Há árvores em tons de azul e pássaros multicores, numa profusão de tonalidades bem vivas.
A pintura foi algo que este autor foi fazendo em paralelo à sua vida profissional de empresário pois dedicou-se a importar e a distribuir produtos naturais.
“Agora como estou reformado, pinto todos os dias”, explicou o criador convidado que não se preocupou em realizar exposições.
Este autodidata, que continua a ver a pintura como um passatempo, apresenta ainda nesta mostra alguns dos desenhos que fez durante a sua infância. “Abraço de Cor” inclui também uma seção de desenhos, que podem ser apreciados numa nova área, aberta ao público e que se situa ao fundo da galeria.
A responsável pela Bohío Creative, Franchesca Melendez, teve a oportunidade de conhecer a casa e atelier de Carlos Sá Pires e de constatar as muitas obras que decoram o seu lar. A maioria está patente nas paredes enquanto que outras aguarda vez para decorarem o espaço. “Cada centímetro da habitação tem presente a sua arte”, contou Franchesca Melendez.
Criar comunidade e dar acesso à arte
A galerista, que pretende criar uma comunidade artística, também pretende dar acesso às iniciativas artísticas a qualquer pessoa. “É importante dar acesso à arte a toda a gente. A arte não deve ser elitista”, referiu a curadora.
E explica que o significado de Bohío, em porto-riquenho, é como uma casa – pois o significa uma cabana, feita de madeira e galhos e juncos e é esse sentido de espaço comum para todos que pretende dar continuidade. A curadora quer ajudar os artistas, divulgando os seus trabalhos e criando uma comunidade local em volta da arte.
“Tenho conhecido muitas pessoas interessantes nesta região que podem propor-se a realizar mostras ou então responder às Open Calls que também organizamos”, disse a curadora que vai dinamizar a sua galeria, apostando na realização de exposições mensais.
O espaço já se abriu para dezenas de mostras de autores portugueses e estrangeiros.
A porto riquenha Franchesca Melendez vive nas Caldas há dois ano com a sua família – marido e filho de oito anos – e está adaptada ao Oeste. Além das artes, também trabalhoui em relações internacionais. Por agora conta que se deixou encantar sobretudo pelo ambiente criativo e artístico que as Caldas possui.
“ Ainda incentivo e escrevo histórias sobre pessoas também ligadas às artes”, disse a galerista que se ocupa a criar comunidades por onde passa, tendo por base as expressões artísticas.
Designada “Abraço de Cor”, a exposição-venda que é composta por obras de Carlos Sá Pires ficará patente naquele espaço até ao dia 8 de novembro, na Bohío Creative que fica na R.General Queirós n°85 e 87.
































