“O Monstro da Lagoa” foi apresentado no CCC

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Na mesa, Luís Sá Lopes, José Luís Almeida Silva e o autor, Jorge Varela

Esteve a abarrotar o Café Concerto, a 31 de julho, altura em que público local ficou a conhecer um pouco mais sobre “Monstro da Lagoa de Óbidos”

 

As cadeiras do Café Concerto não foram suficientes para todos os que quiseram assistir a apresentação do livro “O Monstro da Lagoa de Óbidos” de Jorge Varela, editado pela Cordel de Prata. O caldense, que é subdiretor de uma das escolas do Instituto Politécnico de Leiria, é advogado, foi professor e presidiu à União de Freguesias de Sto. Onofre e Serra do Bouro pelo PSD. Como tal, a sala encheu-se de gente, entre familiares, professores, políticos e amigos deste autor que agora se estreia na ficção.
O professor e pedagogo Luís Sá Lopes confessou que estava “um bocadinho nervoso” dado que era a primeira vez que estava a apresentar um livro. E pediu antecipadamente desculpa por algum lapso já que “tenho mais três anos que o presidente Joe Biden…”. Luís Sá Lopes respondeu positivamente ao convite de Jorge Varela para apresentar o livro pois tem acompanhado a sua carreira académica, política e social. O professor deixou ainda o reparo de lhe ter sido dado a ler o livro em formato digital, algo que não lhe agradou pois prefere o formato físico. Ler em digital “é como namorar à janela”, disse.
Já sobre o livro referiu que este tem duas partes distintas: uma “mais séria” que recua até 1148 e se passa em Óbidos quando D. Afonso Henriques conquistou a localidade aos mouros. Há uma outra parte, “mais divertida e lúdica” que se passa na atualidade e que é vivida pelo jovem advogado Carlos e Amaro, que é pároco na Foz do Arelho e que envolve o Monstro da Lagoa.
Uma das vertentes que Sá Lopes destacou foi o facto de Varela ter dado nomes às personagens, nas duas partes desta sua obra de estreia, onde se “adensam mistérios e até há helicópteros que aparecem como se fosse um filme de James Bond”, referiu o apresentador .
Mas há algo que verdadeiramente intrigou Luís Sá Lopes: o aparecimento de um ministro da Defesa e que faz parte desta trama e que serviu também para abordar assuntos que muito preocupam esta região.
Fala-se muito não só da Lagoa de Óbidos como das dunas que existem nesta região. Contudo o apresentador e o autor pouco ou nada revelaram sobre quem é afinal o monstro da Lagoa pois não quiseram estragar a surpresa aos leitores. “Aconselho vivamente a leitura deste livro”, disse o professor que vai mais longe pois aconselha a leitura no areal da Foz do Arelho. Deixou também a sugestão de realizar um passeio no Arelho (Óbidos) para ver o sítio das Salinas.

Monstro marca estreia na ficção
“Esta é também a minha primeira vez”, disse Jorge Varela, o autor que já tem no seu currículo vários livros de Direito. Na ficção esta foi de facto a estreia e que ”só podia ser feito por alguém com a inteligência,sensibilidade e gosto pela região como o dr. Sá Lopes a quem as Caldas muito deve, sobretudo na área da Educação”, acrescentou o autor.
Jorge Varela deu a conhecer que começou “O Monstro da Lagoa” há 15 anos e que há dois deu de novo com o texto enquanto fazia uma busca no seu computador e decidiu acabá-lo.
Fê-lo, sobretudo, nas madrugadas mas ainda assim “é sempre tempo que roubamos à família”. E foi nomeando o padre Eduardo Gonçalves, presente na sessão, que agradeceu a presença de todos. Para além do prazer da escrita, Jorge Varela quis com ele “mostrar o que é as Caldas”. Explicou também que os caldenses “vão identificar vários locais” e outros, que o leiam, “vão querer cá vir conhecer esses espaços”.
Feitos os agradecimentos à Gazeta das Caldas (em cuja loja se pode adquirir livro de Jorge Varela), ao Café-Concerto e ao CCC, Varela salientou que hoje “vivemos num mundo onde há Jogos Olímpicos mais inclusivos mas ao mesmo tempo caem bombas em demasiados lugares”.
Entre as intervenções contou-se a do padre Eduardo Gonçalves que deu a conhecer que esperava muita coisa do seu aluno, Jorge Varela. “Muita mesmo, esperava tudo menos um livro de ficção!”, rematou. Falaram também vários políticos ligados ao anterior executivo como Tinta Ferreira e Maria da Conceição Pereira, e também à Misericórdia. No final, o autor afirmou que já tem ideias para continuar a escrever e que as próximas aventuras voltarão a ter a região como pano de fundo. ■