Em 10 edições da etapa de Peniche do campeonato do mundo apenas um surfista repetiu o título, o australiano Mick Fanning.
Foi em 2009 que Peniche voltou a colocar Portugal no mapa do World Championship Tour (o campeonato do mundo de surf). O primeiro vencedor foi o australiano Mick Fanning, numa final discutida com o compatriota Bede Dumbridge. Fanning viria a sagrar-se campeão do mundo nesse ano.
A prova penichense voltou com estilo ao campeonato do mundo, então como uma das etapas ‘móveis’ promovidas pela Rip Curl, denominada Search. No entanto, o sucesso indiscutível e a qualidade das ondas convenceu os promotores e os surfistas, e a prova ganhou um lugar fixo no calendário logo no ano seguinte, e como uma das etapas finais, o que aumentava de forma considerável a sua exposição mediática.
Em 2010 a prova de Peniche passava a ser o Rip Curl Pro Portugal e no ano de estreia como prova fixa o vencedor foi um dos mais reconhecidos surfistas de todos os tempos, a verdadeira lenda viva Kelly Slater. O duelo com o sul africano Jordy Smith replicava a luta entre os dois pelo título, que acabou favorável ao norte-americano.
No ano seguinte Kelly Slater voltou à decisão final da etapa penichense, mas não teve a mesma sorte, acabando batido pelo brasileiro Adriano Souza. Kelly Slater acabou, no entanto, por se sagrar campeão mundial à frente de Joel Parkinson.
Em 2012, os favoritos ao título mundial não foram capazes de vencer as ondas dos Supertubos. A final teve como vencedor o jovem Julian Wilson, mas Peniche rendia-se a um jovem promissor que só não triunfou na final, Gabriel Medina.
No ano seguinte a final em Peniche voltava a ser disputada por outsiders, com a vitória a sorrir ao australiano Kai Otton.
Em 2014, Peniche voltava a sorrir a Mick Fanning, numa edição em que o mau resultado de Gabriel Medina lhe podia ter custado o título a favor do australiano. No entanto, o jovem brasileiro ganharia mesmo o seu primeiro título mundial.
Um ano depois, a final do Moche Rip Curl Pro foi disputada em português com sotaque, Filipe Toledo “sacou” uma nota 10 e venceu Ítalo Ferreira por apenas sete décimas (17,83 contra 17,13).
O havaiano John John Florence foi 2016, o primeiro em que o título de vencedor da prova foi festejado em simultâneo com o de campeão do mundo.
Em 2017, Gabriel Medina voltou à final em Peniche para vencer pela primeira vez, deixando em aberto a luta pelo título mundial com John John Florence, mas o havaiano confirmou o título na prova do seu país.
A edição do ano passado foi a quarta a ter como vencedor um surfista brasileiro, Ítalo Ferreira, num ano em que Gabriel Medina voltou a ser campeão do mundo.
Nas duas primeiras edições, a prova de Peniche também se disputou no feminino, à imagem do que sucede este ano, embora em moldes diferentes. Essas edições, de 2009 e 2010, foram dominadas por duas havaianas, Coco Ho e Carissa Moore, actual líder do campeonato.