Do Sul ao Norte, a região aproveitou a passagem da La Vuelta e saiu às ruas para ver os ciclistas e apoiar João Almeida
A segunda etapa da Vuelta ciclista a España deste ano, a primeira de estrada, com uma extensão de 194 quilómetros, atravessou a região Oeste de Sul para Norte. A segunda ocasião em que a prova espanhola arrancou em solo português (já tinha acontecido na edição de 1997) foi também uma oportunidade para o país e a região Oeste se promoverem, aproveitando as enormes audiências que a prova tem no país vizinho, mas também um pouco por todo o mundo.
A presença do pelotão de uma das mais importantes provas do calendário velocipédico levou milhares de pessoas à estrada em todas as localidades atravessadas pelo percurso. Mas além do espetáculo desportivo, a passagem foi uma oportunidade para a promoção turística. Ao longo do dia foram sendo mostradas em direto, para 190 países, imagens da região e dos seus ex-libris.
Com entrada na região por Torres Vedras, subida à Serra da Vila e passagem pela estátua de Joaquim Agostinho com uma bela moldura humana, o pelotão seguiu pelo Ramalhal e Outeiro da Cabeça em direção ao Bombarral.
No Bombarral, na Praça do Município, nova concentração de público e de apoio aos ciclistas portugueses e, em particular, ao caldense João Almeida, que no seu percurso nos escalões de formação chegou a defender as cores do Bombarralense.
No Bombarral foi possível ver a Igreja Matriz e a Igreja do Senhor Jesus, mas também as obras que decorrem na Linha do Oeste.
Por São Mamede e A-da-Gorda, o pelotão seguiu em direção a Óbidos. Foram mostradas na transmissão televisiva imagens do castelo, do aqueduto, das igrejas do Senhor Jesus de Pedra e de Santa Maria e ainda da Lagoa de Óbidos. Aqui o público concentrou-se particularmente em dois pontos, na rotunda decorada com bicicletas e um cartaz que junta João Almeida a Joaquim Agostinho, junto ao aqueduto, e, depois, no Senhor Jesus de Pedra, onde se realizou um convívio na espera pelos ciclistas.
A entrada nas Caldas, pelo Sul, mostrou imagens a lembrar o Tour de France, com a chegada à Rainha em apoteose e, depois, a fan zone, do Cencal à Fonte Luminosa, lotada de apoiantes.
A cidade, o Parque D. Carlos I e os seus pavilhões, estiveram também em grande foco nas imagens da Vuelta.
Ao longo de todo o percurso foi possível ver público. Depois de Tornada e Vale de Maceira o pelotão seguiu em direção a Alcobaça, onde uma multidão aguardava para ver quem era o primeiro a somar os pontos do sprint intermédio. A fuga ainda vingava, mas a multidão teve a oportunidade de ver os homens mais rápidos da Vuelta a lutar ao sprint pela camisola verde, com Kaden Groves, que venceria a etapa, a passar à frente de Van Aert, tal como viria a acontecer na meta, em Ourém.
A saída do Oeste deu-se por Aljubarrota, em direção à Batalha. O Mosteiro de Alcobaça, a Nazaré e o Forte de S. Miguel Arcanjo foram outras das imagens transmitidas durante a emissão da prova.
Foi feito, por parte do Turismo Centro de Portugal e autarquias, um investimento de cerca de 2 milhões de euros para receber estas três etapas inaugurais da La Vuelta deste ano. Esta foi uma aposta na promoção internacional do território em termos turísticos.
A Vuelta envolve uma organização de 3000 pessoas que se move diariamente em 900 veículos.
A prova é coberta por mais de 900 jornalistas de 266 meios de comunicação social de todo o mundo. Só em Espanha tem uma média de 1,3 milhões de espetadores por etapa. ■