Estádio Municipal Prof. José Peseiro, Coruche
Árbitro: Gonçalo Nunes, AF Lisboa
Assistentes: Bruno Cunha e José Costa
CORUCHENSE 0
João Botelho; Semeano, Branco (Fred 45’) e Cajarana; Rui Martins (Meneses 90’+1), Mauro, Pedro Soares (David Silva 58’), Tiago Batista e Ivan (Fred 45’); Joel Simões e Caniço
Não utilizados: Garcia, Rodrigo Martins, Dinis, Botelho
Treinador: André Luís
CALDAS 1
Luís Paulo [4]; Cascão [3], Militão [3] (C), Rony [3] e Clemente [3]; Paulo Inácio [3] e Simões [2] (Vítor Tarzan [3] 37’); Januário [3] (Farinha [3] 72’), Felipe Ryan [4] (Bé [2] 82’) e João Tarzan [3]; Pedro Emanuel [4]
Não utilizados: Natalino, Rui Almeida, Marcelo, Cruz
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Felipe Ryan (80’)
Disciplina: amarelo a Branco (45’+1’), Caniço (47’), Januário (50’), Militão (55’), Joel Simões (57’), Cascão (66’), João Tarzan (71’), Paulo Inácio (86’) e Bé (90’+2). Vermelho directo Rony (89’)
A onda positiva que se tem gerado em torno do plantel pode bem ter empurrado o Caldas para um importante vitória em Coruche. Quando se pensava que os alvinegros pudessem quebrar em termos físicos, foi na segunda parte que estes começaram a subir no jogo para conquistar os três pontos.
Ainda com a vitória sobre o Farense bem presente, o jogo de Coruche envolvia vários riscos.
O primeiro era a evidente sobrecarga a que os jogadores do Caldas estavam sujeitos com o quarto jogo no espaço de duas semanas, dois deles com direito a horas extra. Depois havia o perigo de o plantel não ter ainda “descido à Terra” após todo o entusiasmo vivido. E ainda a qualidade de um adversário que está a fazer uma temporada muito positiva e que até venceu no Campo da Mata.
Todos esses perigos pareciam conjugar-se numa primeira parte em que o Caldas até entrou bem, mas depressa perdeu o controlo.
O Coruchense superiorizava-se na zona de meio campo, onde o Caldas mostrava mais dificuldades, mas perante o bloco recuado do Caldas só conseguia criar perigo com alguns cruzamentos, que Luís Paulo foi dominando, e o apoio muito presente que vinha da bancada ajudava o Caldas a retemperar forças. Apenas num lance a equipa ribatejana este vez mesmo perto do golo, com Rui Martins na área a emendar para a defesa de Luís Paulo.
Com Simões inferiorizado, José Vala teve mesmo mexer na equipa da equipa ainda na primeira parte, fazendo entrar Vítor Tarzan, com características idênticas sobretudo na fase de construção. O Coruchense continuava melhor, mas isso não durou muito tempo. Com a segunda alteração, André Luís trocou um médio por um avançado. A partir daí o Caldas começou, de forma inacreditável, a crescer. O cansaço desapareceu e o acreditar dos jogadores e do público caldense foi crescendo. João Tarzan quase marcou aos 63 após assistência de Pedro Emanuel, valeu a mancha de Valério.
Caniço ainda respondeu, com um remate que Luís Paulo defendeu a dois tempos, mas já era o Caldas que estava por cima do jogo e num lance que Pedro Emanuel lançou, Farinha entrou pela direita e ofereceu o golo a Ryan e foi mais uma explosão de alegria.
O Caldas soube defender a vantagem e até a expulsão de Rony serviu para impedir o Coruchense de marcar (falta a impedir que Batista entrasse sozinho na área).
MELHOR DO CALDAS
Pedro Emanuel 4
O camisola 21 do Caldas foi um 31 para os centrais o Coruchense, a quem deu luta sem tréguas. Enquanto esteve isolado do resto da equipa teve um esforço inglório, mas quando a equipa cresceu esteve em tudo o que foi lance de perigo e iniciou de forma decisiva o lance que resultou no golo da vitória.