Arruda dos Vinhos é o único concelho da região acima da média nacional, mas a maioria subiu
Caldas da Rainha deixou de ser o concelho do Oeste com maior poder de compra per capita, segundo o Estudo do Poder de Compra Concelhio do INE, que tem por base dados financeiros de 2021. Apesar de se ter reaproximado da média nacional, o concelho caldense foi ultrapassado por Arruda dos Vinhos, que continua a capitalizar a proximidade com a capital do país.
Segundo o estudo do INE, Arruda dos Vinhos apresenta um índice per capita de 103,15, sendo que 100 é a média nacional. É o único concelho do Oeste acima da média nacional e um dos apenas 31 em todo o país. O concelho que está na extrema sul do Oeste e pertence ao distrito de Lisboa beneficia da crescente procura por locais na periferia onde há maior qualidade de vida e um custo mais baixo em relação à malha urbana da capital. Em relação ao estudo anterior, publicado em 2021, Arruda dos Vinho melhorou o seu índice em 9,42 pontos percentuais, a subida mais significativa em toda a região. É o 23º melhor índice em todo o país.
Caldas da Rainha é, agora o segundo concelho da região com melhor índice de poder de compra per capita, com 98,79 pontos. O concelho melhorou o seu índice em relação ao estudo anterior, no qual teve 98,06 pontos, e subiu um lugar, para o 36º concelho do país onde o poder de compra é maior.
No sentido inverso seguiu Torres Vedras, que baixou o seu índice per capita de 96,37 para 93,76 e saiu do top 50 nacional para ocupar, agora, a posição 60. Também em queda seguiu Alenquer, o quarto concelho com maior poder de compra na região, baixou para 88,75 pontos e caiu um lugar, para 82º a nível nacional.
Seguem-se dois concelhos em alta, Nazaré e Peniche, que com 88,09 e 87,72 pontos subiram, respetivamente, para 88º e 93º da lista, ganhando seis e nove lugares. Os dois seguintes vêm em perda, Alcobaça ainda dentro do top 100 nacional, com 86,34 pontos, e Sobral de Monte Agraço, que teve a maior quebra no poder de compra (11,2 pontos e 62 lugares) e desceu ao 102º lugar.
Merece destaque o crescimento dos quatro concelhos com menor poder de compra na região, todos com crescimento do poder de compra em relação à média nacional acima dos três pontos. Lourinhã (85,34) e Óbidos (81,32) sobem acima dos cinco pontos, enquanto o Bombarral (85,27) e o Cadaval (76,03), sobem a 3,32 e 3,67 pontos. Dos 12 concelhos, apenas o Cadaval fica na segunda metade da tabela a nível nacional.
A região fica com um poder de compra per capita de 90,21 pontos, acima da média do Centro, embora por pouca margem (89,87). A região concentra 3,22% do poder de compra nacional, mais 0,1 pontos percentuais do que no estudo anterior.
Este destaca, ainda, Nazaré e Óbidos como alguns dos concelhos com maior fator de dinamismo relativo (FDR), em 12º e 13º lugares, respetivamente, a nível nacional. Este fator indica o relevo dos fluxos sazonais no poder de compra. Nazaré apresenta um FRD de 2,075, valor idêntico ao do estudo anterior. Já Óbidos, mais afetado pela pandemia a nível do turismo, viu o valor baixar de 1,92 para 1,527.
A região coloca ainda neste indicador Peniche e Lourinhã no top 50 nacional e Caldas da Rainha passou de ter um FDR negativo para positivo.
O Estudo do Poder de Compra Concelhio do INE é contruído com base nos dados relacionados com os rendimentos, imposto sobre imobiliário e automóveis, créditos habitação, compras e levantamentos em terminais automáticos e sua origem e o volume de negócios das empresas de comércio a retalho excepto automóveis e combustíveis. ■