Filipe Daniel elenca medidas para apoiar produtores agrícolas

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Presidente da Câmara de Óbidos falou no âmbito do Dia Internacional da Sanidade Vegetal

O presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, aproveitou a presença da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, na sessão alusiva ao Dia Internacional da Sanidade Vegetal que decorreu no auditório da Casa da Música, no passado dia 12, para pedir melhores condições para os agricultores nacionais.
Filipe Daniel começou por elogiar a capacidade de resiliência dos profissionais do setor agrícola a “crises económicas, embargos, restrições, certificações, retirada e a ausência de soluções para controle de pragas, doenças e infestantes, pandemias e mais recente da guerra”, mas salientou que “tudo tem limites”. A primeira dificuldade que Filipe Daniel disse querer ver corrigida é a questão dos preços. O autarca de Óbidos referiu que os agricultores não querem subsídios dos quais possam ficar dependentes, “querem apenas o justo valor pelos seus produtos, pelo seu trabalho”, algo que não está a acontecer nesta altura, em que quem produz, recebe pouco, e quem consome paga muito pelos produtos.
A formação e investigação é um fator que pode contribuir para o aumento do rendimento dos agricultores, diz Filipe Daniel. Apostar no futuro é “apostar em mais e melhor equipados centros de investigação”, de modo a “obter uma estratégia comum para a comercialização do produto”, concretiza.
Ainda em relação à colocação dos produtos no mercado nacional, o presidente do município de Óbidos sublinhou que os produtores portugueses têm que cumprir uma série de requisitos, “mais ainda no que respeita à exportação”, mas que não são aplicados a produtos importados, o que cria problemas de competitividade.
O presidente da Câmara de Óbidos, também ele empresário agrícola, acredita que o caminho da produção deverá ser a diferenciação e não o aumento de produtividade por unidade área, porque a dimensão do país e das áreas agrícolas não permitem competir nesse aspeto com outros mercados. “O caminho terá que ser na diferenciação, na qualidade, na inovação, na sustentabilidade do produto”, com “mais brix, mais cálcio, mais fibras, melhores práticas agrícolas, mais sustentabilidade, mais amigo do ambiente”.
A promoção da imagem de uma agricultura sustentável é outro aspeto que Filipe Daniel gostava de ver melhor trabalhado. “O agricultor é visto pelos meios cada vez mais urbanos e desinformados como um criminoso ambiental, assim como a produção animal e a atividade cinegética, o que não corresponde à verdade”, apontou. ■