Os três prédios que se encontram abandonados há dez anos na Rua Poços de Caldas, na Cidade Nova, vão ser requalificados e dar origem aos Edifícios Bordallo. O investimento, de cerca de três milhões de euros, é da empresa caldense Local Star e os 20 apartamentos deverão estar prontos a habitar em Fevereiro de 2020.
Fátima Ferreira
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Os três prédios nunca foram concluídos por insolvência do então construtor e durante anos chegaram a acolher pessoas sem abrigo. Recentemente foram adquiridos pela empresa de construção e imobiliária, Local Star, que irá proceder às obras e colocar os apartamentos à venda num prazo de seis meses.
Rui Tavares, gestor da empresa caldense, não quis revelar o valor da aquisição, adiantando, contudo, que o investimento total na reabilitação dos três prédios andará na ordem dos três milhões de euros.
Entre as renovações, que serão profundas, o responsável, destaca que todos os apartamentos terão ar condicionado, interiores lacados, cozinhas equipadas e acabamentos de qualidade, destinando-se a venda a um segmento médio alto.
O conjunto Bordallo é constituído por três blocos, num total de 20 apartamentos, com áreas generosas: os T3 têm 170 metros quadrados e os T4 contam com 340 metros quadrados. Um dos blocos compreende apenas um apartamento por piso (T4), sendo que um deles possui um terraço com 200 metros quadrados. Os preços podem ir dos 150 mil euros (T2) a mais de 200 mil euros (T4).
As obras já estão a decorrer e o objectivo é “começar a escriturar para o início de Fevereiro, num prazo de seis meses”, explica Rui Tavares. A apresentação do projecto foi feita durante a inauguração da Feira dos Frutos, onde a empresa está representada num stand e faz a promoção e venda dos apartamentos.
Rui Tavares referiu ainda que, devido aos problemas relacionados com o vandalismo e ocupação dos edifícios, já vedaram a área e colocaram câmaras de videovigilância, garantindo que já não se encontra ninguém ali a morar. “Em três meses de obras já retirámos todos os azulejos que estavam em risco de ruir”, disse o responsável, acrescentando que com esta intervenção pretendem também dar mais qualidade aquela zona da cidade.
“Queremos que as pessoas sintam que vivem na cidade, com acesso a transportes públicos e com boas condições de mobilidade, mas com uma vista privilegiada para o campo”, concluiu.