Quinze empresas sediadas ditam sucesso do Caldas Empreende

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notícias das CaldasLançado em 2009 pela Câmara das Caldas e a AIRO com o objectivo de apoiar os desempregados a criar o seu próprio emprego, o “Caldas Empreende” tem neste momento a lotação esgotada, com 15 empresas instaladas.
No passado dia 15 de Junho as empresas instaladas na antiga fábrica das calças dinamizaram um open day, composto por workshops, actividades de ar livre e concursos. Neste dia instalou-se também uma nova empresa no espaço, a 96 HP que, entre outros projectos, possui uma aplicação sobre meteorologia para o iphone, já utilizada em 90 países.

Volvidos dois anos desde que começou a funcionar, o Caldas Empreende já lotou os espaços disponíveis e existem projectos em lista de espera. Até ao momento deixaram a antiga fábrica das calças três empresas, que foram para instalações próprias e, até ao final do ano, outras que já lá estão desde 2009 deverão deixar o espaço.
A Câmara está a tentar dar resposta aos pedidos conciliando alguns com o centro incubador, que funciona na Expoeste. De acordo com o vereador Hugo Oliveira, a autarquia fez um investimento inicial no projecto de 34 mil euros e tem um custo mensal de 3500 euros, no pagamento da renda, água e electricidade do espaço.
Algumas das empresas ali instaladas obtiveram apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional e também da AIRO, ao nível da consultoria. “Entre os negócios que cá estão instalados nenhum tem menos de seis meses de planeamento antes de começar a actividade”, explica Sérgio Félix, secretário da AIRO, destacando que a associação presta apoio ao nível da viabilidade financeira e preparação do projecto.
Na prática, a AIRO presta dois tipos de acompanhamento, um individualizado sempre que o promotor quiser e reuniões com todos os promotores, de dois em dois meses, para debater as suas dificuldades.
Entre as características que um empreendedor deve ter, Sérgio Félix destaca a motivação e persistência, aliada ao empenho para reunir o máximo de apoios possíveis. “Normalmente as pessoas têm a ideia de que as coisas são mais fáceis”, acrescenta, fazendo notar que é essencial que estas não desistam à primeira dificuldade.
Com o objectivo de dar a conhecer cada vez mais o projecto, assim como o trabalho das empresas ali sediadas realizam, anualmente, um open day. O deste ano teve por tema “1000 ideias uma visão de negócio” e pretendeu também consolidar um espaço comum, com capacidade para acolher promotores nas mais diversas áreas de negócio.

96HP lança aplicação sobre meteorologia para smartphones

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A empresa 96 HP (Hour Project) começou a funcionar no passado dia 15 de Junho nas instalações do Caldas Empreende. Concebida pelo caldense Gonçalo Catarino, tem por objectivo principal dar recursos às pessoas que tenham ideias para as concretizar num projecto e em pouco tempo. “Muitas vezes perdem-se belíssimas ideias porque ficam a marinar. Temos feito as 96 horas durante duas semanas, tempo que permite ver problemas e arranjar soluções de uma forma responsável”, justifica.
A sua actuação é dividida em três áreas. A primeira é a “rapid start uping” onde as pessoas apresentam as ideias e ficam a saber se o projecto é viável. O “rapid development” é um serviço prestado a empresas que tenham ideias novas, mas que não as consigam levar por diante por falta de recurso e a 96 é uma agência de talentos (nas áreas de design gráfico, design de produto, marketing, publicidade e programação) que, na prática, fornece os recursos para os outros serviços.
A trabalhar numa empresa de publicidade em Lisboa, Gonçalo Catarino começou a conceber alguns projectos e decidiu voltar para a sua terra natal para criar o seu próprio negócio. “Como a Câmara disponibiliza este espaço, achei que era uma boa hipótese”, destacou.
Um dos projectos que está a desenvolver, e que está a ter uma forte aceitação por todo o mundo, é uma aplicação para iphone que “permite que todas as pessoas sejam meteorologistas”. O weddar é uma ideia original de Ricardo Fonseca, seu sócio no projecto, lançada no passado dia 25 de Abril e que actualmente está a ser utilizada em 90 países.
A aplicação, que por agora é gratuita, pode ser descarregada na Apple Store e permite aos utilizadores dizer como está o tempo no local onde estão, um pouco à semelhança do que acontece com o serviço de trânsito na rádio.
Uma particularidade da aplicação é a possibilidade de os utilizadores dizerem como sentem o tempo. “É esta dimensão humana que queremos transmitir aos serviços meteorológicos”, explica Gonçalo Catarino.
As pessoas podem também fazer pedidos sobre o tempo e os utilizadores dessa localidade darão a informação útil.
Por agora a aplicação apenas funciona para iphone, mas os responsáveis estão a trabalhar para a ampliar a outras plataformas e, mais para a frente, lançar uma versão web.

Mocho Louco faz impressão directa em têxteis

Mário Pedro Marques e Fernando Costa são os responsáveis pela empresa Mocho Louco, a funcionar há cerca de um mês em dois espaços da antiga fábrica das calças.
O projecto está em maturação há cinco anos, altura em que o professor de Multimédia na ETEO descobriu a tecnologia de impressão directa digital. Depois convidou o seu antigo aluno e ilustrador, Fernando Costa e, juntos, há dois anos que estão a estruturar o negócio. Foram várias vezes a feiras a Madrid e a Barcelona para ver a maquinaria e as novidades nesta área e conseguiram adquirir uma máquina italiana que faz a impressão têxtil directa em qualquer tipo de têxtil.
Além dos desenhos próprios, a empresa permite também que outros ilustradores coloquem à venda os seus desenhos no site. “Por cada ilustração que for comprada, os seus autores vão receber uma percentagem da venda”, explicou Mário Pedro Marques, adiantando que já têm três pessoas a trabalhar com eles.
A Mocho Louco tem também uma componente de interesse social. Os responsáveis pretendem fazer parcerias com a Casa Gil e a associação Abraço, que beneficiarão de parte do dinheiro das t-shirts vendidas nestas instituições.
“Transmitimos a mensagem pela imagem”, destaca o responsável, acrescentando que se distinguem também pela qualidade da impressão, por ter vários tipos de identidade e diversidade de ilustrações.
Uma t-shirt da Mocho Louco custa em média 13 euros, dos quais dois euros revertem sempre para o ilustrador. As t-shirts podem ser encontradas em www.mocholouco.com ou nas instalações da empresa, no Caldas Empreende.
O investimento inicial foi de cerca de 20 mil euros, custeado na totalidade pelos empresários.

 

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