Trabalho em equipa

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noticias das CaldasBoa parte dos problemas se resolvem em equipa, da mesma forma como é também muitas vezes o funcionamento da equipa que os causa. As mudanças, não dependem da mudança de uma pessoa, mas sim da mudança de todos. E as melhorias numa organização resultam do trabalho da equipa, como uma cultura e um princípio. Passos curtos e visão larga, numa busca contínua, inacabada e comprometida – assim terá que ser o caminho. E não se trata de submeter uns aos desejos de outros, trata-se de todos encontrarem um motivo para todos ganharem.
Partilharam comigo e eu senti que tinha de partilhar também, embora não tenha dedicado ainda tempo para prestar a devida homenagem ao autor. Provavelmente já muitos viram ou leram, mas aqui vai:

Era uma vez uma equipa,
Constituída por quatro pessoas,
Que se chamavam:
Toda a Gente, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.
Havia um trabalho importante para fazer
E Toda a Gente acreditava
Que Alguém o faria.
Qualquer um podia fazê-lo,
Mas Ninguém o fez.
Alguém irritou-se,
Porque era um trabalho
Da responsabilidade de Toda a Gente.
Mas Toda a Gente pensou
Que Qualquer Um tinha a obrigação de o fazer.

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Fôssemos nós bons ouvintes, mais escutantes que falantes, e logo aí provavelmente muita coisa melhoraria. Fôssemos nós mais aprendentes, feitos mais críticos de nós próprios e ganharíamos muito mais. Perseguíssemos nós os nossos erros para aprender a fazer melhor, e seríamos menos cegos, mais capazes e mais audazes também. Num excerto que nunca esqueci, Pfeffer (2007) disse:
A boa gestão requer dizer a verdade, pedir ajuda e aprender. Construir uma cultura onde as pessoas são recompensadas por identificar problemas e dizer a verdade – e, melhor ainda, propor soluções – não é fácil, pois colide com a nossa tendência natural para gostarmos daqueles que concordam connosco e preferem ser amáveis, mesmo que não falando verdade. Mas dizer a verdade e admitir a ignorância são requisitos essenciais para o sucesso de longo prazo das organizações.
Acredito que este é um problema dos nossos líderes. Confundir empatia com simpatia e, com isso, não se porem “a jeito” de serem capazes de evoluir fazendo aprendizagens. Querem tudo à sua medida e a partilha de outras ideias fazem-nos sentir-se questionados, postos em causa. Até como se isso fosse mau! Muitos não entenderam ainda que esse movimento faz parte. É por isso que são líderes, é para isso que lideram porque será isso que os fará superar-se. E é para essa superação, diária, constante, que têm que aprender a sentir-se “bem” fora da sua zona de conforto. É um treino, exigente. Mas é também uma grande mais-valia.
Um líder é alguém que mexe com a vida das pessoas, no seu todo. E que, com isso, mexe com a sua também. É alguém que toca e se deixa ser tocado. Genuíno. Toca, quando necessário, com o dedo na ferida. Mas que mobiliza, quebra a inércia. Porque a cada um dá motivos para se mobilizar, para se realizar, mais do que isso, para ir mais longe e descobrir caminhos que outrora não via.

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