Chega denuncia “usurpação de material de campanha” por outra candidatura

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Os cartazes que foram alvo de denúncia por parte do Chega caldense

Em causa está a utilização de placas por parte da candidatura ADN-Caldas com Verdade, que o justifica com uma lógica de sustentabilidade e contenção de custos

A candidatura do Chega das Caldas da Rainha “denuncia publicamente a utilização indevida e fraudulenta de material de campanha por parte da candidatura ADN – Caldas com Verdade”. As primeiras chuvadas puseram a descoberto, de acordo com aquela candidatura, placas oficiais do Chega reutilizadas e cobertas com cartazes da candidatura ADN, “tendo o papel aplicado por essa candidatura começado a desfazer-se, revelando por baixo os logótipos e mensagens originais do Chega”.

Essas placas, “pagas pela candidatura do Chega, foram cortadas e reaproveitadas, configurando um ato de apropriação indevida e propaganda enganosa, totalmente contrário à ética democrática e ao respeito entre candidaturas”, refere em comunicado. A candidatura denunciou a situação às autoridades, fazendo-se acompanhar de provas fotográficas que “documentam claramente a ocorrência”.

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Este episódio soma-se a outros atos de vandalismo, destruição de cartazes e sabotagem de material eleitoral que o Chega tem vindo a denunciar ao longo da campanha, revelando um “ambiente de desrespeito e falta de fair play político”, manifesta.

Questionada pela Gazeta das Caldas, a candidatura ADN – Carlos Barroso, Caldas com Verdade confirmou a utilização do material. Justifica que, “por uma questão de sustentabilidade e contenção de custos, foram reaproveitados suportes antigos (contraplacados e placas de platex) provenientes de campanhas anteriores e também de materiais encontrados em lixeiras e caixotes do lixo, bem como de restos de material já descartado por antigos militantes de outros partidos, incluindo o Chega, alguns dos quais integram atualmente a nossa candidatura”. No entanto, “em nenhum momento houve qualquer intenção de apropriação indevida ou utilização de material ativo pertencente a outras candidaturas”, esclarece. De acordo com aquela candidatura, “todo o material reutilizado encontrava-se inservível, deteriorado ou já fora de uso, tendo sido apenas adaptado e reciclado para suportar os nossos próprios cartazes”. Garante que tem “pautado a sua atuação pelo respeito entre candidaturas, pela ética democrática e pela responsabilidade ambiental, sendo este reaproveitamento um exemplo de esforço por uma campanha com recursos limitados, mas com consciência ecológica e sentido de responsabilidade cívica”.

Ainda no comunicado emitido, o Chega diz que “é de especial ironia recordar que, no debate promovido pela Gazeta das Caldas, o candidato do ADN afirmou que “o que não faria aos caldenses seria mentir”. No entanto, “os factos falam por si”, concretiza.

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