Uma boa gestão, moderna e virada para o século XXI foi o argumento para a Juventude Popular do distrito de Leiria ter convidado presidentes de câmara de outros partidos para a Universidade que realizou no passado sábado no Centro da Juventude das Caldas da Rainha.
António José Correia, presidente da Câmara de Peniche eleito pela CDU, e Carlos Carreiras, vice-presidente do PSD eleito em Cascais em coligação com o CDS, abriram o dia com a sessão Autarquias do Século XXI, que incluiu a exposição de ideias, debate e uma sessão de perguntas.
Diogo Carvalho, presidente da distrital da JP, reconhece que pode causar alguma estranheza ter um autarca eleito pela CDU numa universidade da JP, mas explicou à Gazeta das Caldas o motivo do convite. “Não devemos ter medo de dizer que pessoas de outros partidos estão a fazer um bom trabalho porque há gente boa em todos os partidos”, notou.
O dirigente explica ainda que podia ter recorrido a vereadores ou deputados do CDS, mas tendo em conta que o contacto com estes é regular, “estaríamos a ser redundantes. Estamos a falar de dois presidentes de câmara excepcionais, com gestões modernas, e queríamos ter essa visão moderna”, acrescentou.
Ao longo do dia passaram pelo Centro da Juventude 59 militantes da JP e sete do CDS que, além dos dois autarcas, ouviram também o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes. Teresa Anjinho, deputada do CDS, abordou a “Democracia Cristã” e o presidente nacional da JP, Miguel Pires da Silva, falou sobre “Política Contemporânea”. O painel contou ainda com Sónia Araújo da Costa, de uma empresa multinacional, e com o professor Eduardo Vera-Cruz, que versaram sobre mercado de trabalho e relações internacionais.
“Vamos tirar muitos resultados daqui, não só a nível político, de ideologia, mas também de experiências de pessoas que trabalham no terreno”, disse Diogo Carvalho em jeito de balanço.
A distrital de Leiria da JP faz este tipo de formação desde 2010 e o dirigente destaca que isso tem proporcionado um crescimento, não só ao nível do número de militantes, como da sua preparação para virem um dia a integrar os quadros do partido. “Se não houver esta formação o CDS vai-se renovar com quadros maus e todo o trabalho que o partido está a fazer agora seria em vão”, concluiu.