“O que é português é bom”, diz ministra da Agricultura no Bombarral

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notícias das CaldasA ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, defendeu no Bombarral a importância das denominações de origem dos produtos, justificando que “são elas que podem ser exportadas e ajudar o país”.
A governante – que inaugurou o certame conjunto do Festival do Vinho e Feira da Pêra Rocha no passado dia 3 de Agosto – quer que os rótulos dos produtos portugueses possam ter uma bandeira que os identifica em qualquer parte do mundo e que os diferencia pela sua qualidade. “Isso faz todo o sentido numa Europa que se diz tributária dos seus sabores e que está interessada em mostrá-los ao mundo”, afirmou.

Assunção Cristas falou também dos bons exemplos que são os sectores da pêra Rocha e do vinho, que se souberam modernizar e “reinventar” com os apoios que foram tendo.
“Fizeram a agregação de competências e de produção com a junção de uma produção activa fortalecida pelo associativismo”, destacou Assunção Cristas, apelando para que outros produtos vejam este exemplo e tomem o mesmo caminho. “Os bons exemplos são para ser imitados”, realçou, destacando que o sucesso dos agricultores é também o sucesso do país e do seu ministério.
Se aos produtores é pedido a junção de esforços para aumentar a produção e fazer acções de promoção em conjunto, do lado do governo “cumpre saber ouvir, agilizar e sensibilizar para o que é português, que é bom e merece ser consumido e divulgado no estrangeiro”.
Após percorrer, durante cerca de três horas, todo o certame e ter conversado com os expositores, a governante disse-lhes que, da sua parte há “total empenho” em ouvir as suas preocupações. “Da nossa parte há muitos canais de comunicação e, por favor, usem-nos”, pediu Assunção Cristas, acrescentando que o seu ministério pretende tornar-se mais próximo dos agricultores e quer “ajudar a resolver os problemas e não ser um entrave”.

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PRODER é prioridade

No topo das prioridades da ministra estão as ajudas ao investimento, o PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), que actualmente está sub-financiado em 50 milhões de euros. “O meu esforço, desde que comecei o trabalho no Ministério foi tentar encontrar o dinheiro que falta para poder dar plena execução ao PRODER deste ano”, disse, adiantando que deverá ter boas notícias em breve.
Outra das suas preocupações são as verbas das correcções financeiras que têm que ser devolvidas a Bruxelas por incumprimento de Portugal na aplicação de fundos comunitários. No ano passado Portugal foi multado em 45 milhões de euros e este ano já foi notificado para pagar 121 milhões, montante que o actual governo está a tentar baixar.
Para alterar esta situação, o Ministério da Agricultura está a trabalhar em conjunto com as associações de agricultores na revisão de todas as parcelas agrícolas elegíveis para esse efeito, num total de 1,6 milhões de parcelas agrícolas.
Neste momento encontram-se a funcionar, por todo o país, 40 salas de parcelário envolvendo cerca de 500 pessoas.
Assunção Cristas pediu a ajuda dos agricultores para colaborar neste “recenseamento” porque disso “depende, no futuro, não devolvermos mais dinheiro a Bruxelas”.
O XXVIII Festival do Vinho Português e a XVIII Feira Nacional da Pêra Rocha decorreu na Mata Municipal entre os dias 3 e 7 de Agosto, e de acordo com a Câmara do Bombarral contou com a visita de mais de 50 mil pessoas.
Participaram no certame 32 expositores ligados ao sector da produção de vinho, 10 expositores de produtores e exportadores de pêra Rocha, 15 expositores de várias instituições, 18 expositores de actividades comerciais e 14 expositores de artesanato, assim como espaços de gastronomia regional.

 

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