Os serviços do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes de Óbidos já registaram 55 refugiados
Há pouco mais de um ano o vereador da Câmara de Óbidos, os presidentes das Juntas do Olho Marinho e das Gaeiras, uma colaboradora da Junta das Gaeiras e quatro voluntários, dois deles tradutores, fizeram oito mil quilómetros, até à fronteira da Polónia, para trazer 17 refugiados para junto das famílias, residentes no concelho. Destes, três foram para a companhia de familiares, em concelhos vizinhos, e as restantes 14 fixaram residência no concelho de Óbidos e ali permaneceram até agosto. Em setembro, uma família composta por quatro pessoas regressou à Ucrânia e, dois meses depois, três crianças foram passar o Natal com o pai e avós e já não regressaram a Portugal. “No entanto, num dos agregados nasceu um bebé e o pai veio juntar-se à família. Contas finais, das 17 pessoas, estão nove no nosso concelho”, resume o vereador José Pereira.
O autarca considera que, apesar do contexto caracterizado por uma guerra inesperada e pelo afastamento abrupto dos familiares, a integração decorreu de “forma lenta, mas eficaz”. Todas as crianças frequentaram e frequentam o ensino no concelho de Óbidos. “Entre os mais novos a língua portuguesa deixou de ser um obstáculo à comunicação”, explica, acrescentando que, no que respeita aos quatro adultos, dois deles trabalham de forma permanente. Um trabalha esporadicamente, porque tem dois filhos pequenos e um não trabalha porque tem um bebé recém-nascido.
O município continua a apoiar estas famílias, nomeadamente através dos serviços de refeições e prolongamento de horário, que são gratuitos. Quatro pessoas residem ainda num edifício municipal e o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes de Óbidos continua a apoiar os refugiados ao nível da regularização da residência, educação, emprego, saúde, acesso a benefícios sociais, realojamento, entre outras.
“Ainda continuam a chegar refugiados vindos da Ucrânia”, refere José Pereira, dando conta que têm chegado alguns homens e em idade ativa, que estavam fora da Ucrânia quando a guerra começou. Já passaram pelos serviços do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes de Óbidos 55 refugiados. ■