Autarcas caldenses ouvidos na comissão da Saúde do Parlamento

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A justificação para a opção Caldas-Óbidos foi apresentada aos deputados

A Comissão de Saúde da Assembleia Municipal e o presidente da Câmara das Caldas foram recebidos pela Comissão de Saúde da Assembleia da República, a 8 de março, para falar sobre o “Futuro da Política de Saúde do Oeste” Na reunião, solicitada pela Assembleia Municipal. os autarcas reiteraram a localização do novo Hospital do Oeste na confluência dos concelhos das Caldas e de Óbidos. O coordenador da comissão de saúde, António Curado, lembrou que o Oeste é a zona mais carenciada do país em termos de cuidados hospitalares públicos, lembrando a falta de investimento que foi havendo, nas estruturas, ao longo do tempo. Salientou ainda que o estudo da OesteCIM parte de “premissas erradas” e que a Câmara das Caldas manifestou desde logo que “não estava de acordo com os critérios do caderno de encargos”.
Entre os representantes dos partidos, Sara Velez (PS) foi a primeira a usar da palavra para defender que este é o momento da discussão sobre o assunto e que o parlamento é o sítio onde as diferentes visões devem ser colocadas. A deputada caldense realçou ainda que no último Orçamento de Estado foi assumido, pela primeira vez, proceder à calendarização, definição do perfil assistencial, dimensionamento e localização do hospital. Opinião diferente tem o deputado do PCP, Duarte Alves, que lembrou que este partido inscreveu uma verba no OE para o início da construção do novo Hospital e que esta foi chumbada pelo PS. “Em relação à localização o importante é que esta questão não sirva de alibi para o governo adiar a decisão”, referiu, mostrando ainda a sua preocupação com o facto da construção do novo hospital implicar o encerramento dos existentes na região Oeste.
Depois de colocar várias questões, o deputado caldense Hugo Oliveira (PSD), referiu que o Oeste Sul está servido por dois hospitais e que a localização proposta por Caldas-Óbidos é estratégica ao nível das acessibilidades.
Já o deputado Pedro Frazão lembrou que o Chega já definiu o seu apoio a esta localização e referiu que também o PSD e o PS também devem tornar clara a sua posição. Considera que a decisão será entre os concelhos de Torres Vedras e Caldas e defendem a segunda opção por causa da coesão social. Para Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, a decisão deve depender mais de aspetos técnicos do que políticos e questionou se continua a haver diálogo entre os municípios para um consenso.
De acordo com o presidente da Câmara, Vítor Marques, o novo hospital tem de ser integrado na Rede Nacional Hospitalar e que a decisão cabe ao governo. Considera que existem mais respostas, ao nível de cuidados de saúde, no Oeste Sul em relação ao Oeste Norte e defendeu a coesão territorial.O autarca, que pretende entregar na próxima semana um dossier técnico à tutela a justificar a opção Caldas-Óbidos, considera que o estudo encomendado pela OesteCIM “é inviesado”. E exemplificou: entre os terrenos indicados há uns que “não têm a dimensão suficiente”, outro está a 2km do aterro sanitário ou ainda outro que não tem maturidade técnica. ■

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