Duarte Ferreira é taxista nas Caldas da Rainha e decidiu adquirir um novo táxi, que lhe foi entregue no passado dia 19 de Outubro. A novidade é que a viatura adquirida tem uma motorização híbrida e é a primeira do género na cidade.
Ainda não é comum na frota de táxis nacional encontrar viaturas híbridas. No entanto, em países como Espanha e França este tipo de motorização tem ganho a preferência dos profissionais do sector. De um lado, estão as vantagens para a própria empresa, em termos de poupança de combustível e nos respectivos custos. Do outro, está o lado ambiental de um sector cuja actividade assenta em grande parte no centro das cidades.
Duarte Ferreira, taxista e proprietário da empresa Bom Táxi, Lda. levou, precisamente, estes factores em linha de conta na altura de substituir o automóvel com o qual trabalhava. E quando fala em ambiente não se refere apenas às emissões de gases poluentes – refere-se também à enorme diferença de ruído entre os motores diesel e os híbridos.
Uma vez que a maior parte dos serviços são dentro da cidade, Duarte Ferreira realça que a utilização do motor eléctrico vai reduzir bastante os consumos e, por isso, também os gastos com combustível.
“É o primeiro táxi que vem para as Caldas com um motor híbrido e penso que esse será o futuro”, refere Duarte Ferreira. A opção foi pelo modelo Auris Touring da Toyota, marca que tem mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento desta tecnologia, o que lhe garante a fiabilidade do sistema. O modelo foi equipado tendo em conta o nível de conforto para os clientes e inclui um tecto panorâmico.
O empresário acredita que os clientes terão cada vez maior sensibilidade para as questões da sustentabilidade no sector dos táxis.
Quem o empresário espera também conseguir sensibilizar é a Câmara das Caldas em relação à circulação na Rua Heróis da Grande Guerra aos sábados de manhã, altura em que apenas o Toma pode ali circular. “Este carro não faz ruído nem poluição atmosférica porque pode passar naquela zona em modo eléctrico e há pessoas que precisam de ser transportadas para ali”, considerou.
Duarte Ferreira foi taxista em Lisboa e só veio recentemente para as Caldas. Nesta altura tem apenas uma viatura, mas “caso o negócio progrida poderei expandir”, afirmou.
O empresário realça que este ano o negócio está a ter algum incremento, mas observa que “ainda não é o que poderia ser pois há pessoas que utilizam pouco o carro e se fizessem contas poderiam poupar se andassem de táxi”.