A 16 de Dezembro de 2008 era publicada em Diário da República a Portaria nº. 1450/2008, que determinava a criação do Destacamento Territorial de Alcobaça da GNR, que agruparia os postos de Alcobaça, da Benedita, de Pataias, de São Martinho do Porto e de Valado dos Frades.
Criado em papel, o certo é que para passar à prática o Destacamento de Alcobaça dependia da construção de um novo quartel na cidade, dado que o existente estava longe de reunir as condições necessárias.
Em Fevereiro de 2009 a Câmara de Alcobaça, na altura ainda presidida por Gonçalves Sapinho, assinou um protocolo com a GNR e a Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos (DGIE). O documento firmava que a autarquia assumia a construção do edifício na zona da Quinta das Freiras, sendo depois ressarcida pela DGIE. Ficava ainda definido que o protocolo perderia efeito se a empreitada não fosse iniciada no prazo de dois anos, a contar da data do parecer favorável da GNR e da autarquia ao projecto do quartel que está a cargo da DGIE. Quase três anos depois, a obra ainda não avançou e os postos que seriam agrupados pelo Destacamento Territorial de Alcobaça continuam sob alçada do Destacamento das Caldas da Rainha.
O assunto chegou agora à Assembleia da República pelas mãos do deputado social-democrata Paulo Batista Santos. Numa pergunta destinada ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, aquele deputado eleito pelo distrito de Leiria pergunta qual o ponto de situação do projecto do novo quartel e para quando se prevê o início das obras. Paulo Batista Santos questiona ainda se o governo pretende cumprir o protocolo assinado em 2009.
No documento, datado de 2 de Dezembro, o social-democrata lembra, não só a Portaria que cria o Destacamento Territorial de Alcobaça da GNR, mas também que “no Plano de Actividade de 2010 da Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos, as novas instalações da GNR de Alcobaça constam como estando em fase de execução e aprovação do projecto, com uma dotação inicial de 360 mil euros, num projecto cujo valor global estimado da obra ascende a 1,5 milhões de euros”. E no e-mail enviado aos jornalistas acrescenta que a construção do equipamento integrava o Plano de Acção para Oeste, como compensação da deslocalização do novo Aeroporto de Lisboa da Ota para Alcochete.
O deputado salienta ainda que “esta obra é reclamada há muito tempo pela autarquia e o novo destacamento irá permitir à GNR prestar um melhor serviço à população, com particular relevância ao nível do reforço do efectivo policial na época balnear em Alcobaça e São Martinho do Porto”. Além disso, “persiste o cenário de falta de condições do actual posto da guarda alcobacense”, aponta.