Dia de festa marca início das obras do Lar do CEERIA em Alcobaça

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Foi em ambiente de festa que o Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (CEERIA) assinalou, no passado dia 29 de Outubro, o lançamento da primeira pedra do Centro de Actividades Ocupacionais e Lar residencial, cujas obras se iniciam agora na Quinta das Freiras, em Chiqueda. Uma obra há muito ansiada e que foi, em parte, possibilitada pela doação do terreno de 12 mil metros quadrados pelos irmãos Alexandre e Isidro Alves, que abriram ali ao lado o Parque dos Monges, aos quais a direcção do CEERIA louvou “a nobreza do gesto e o desprendimento”.
Dentro de dois anos o edifício térreo, com um total de 1.887 metros quadrados de área total de construção, deverá estar concluído. E desde já fica a promessa de que este “não vai ser um obstáculo visual na Natureza em que está inserido”, garantiu Luís Rodrigues, o coordenador-geral do CEERIA.

O Centro de Actividades Ocupacionais terá capacidade para “30 pessoas muito condicionadas do ponto de vista da mobilidade” e foi pensado para permitir “o seu bem-estar, a sua dignidade e a qualidade de vida”. Ali vão ficar as salas de intervenção terapêutica e uma sala de Snoezelen (um espaço que estimula os sentidos recorrendo às capacidades sensoriais, e não intelectuais, dos utentes), espaços para musicoterapia, massagem e fisioterapia, hidroterapia e ginásio, entre outros.
Já o lar vai receber 24 utentes, divididos em duas alas. Aqui existirá ainda o refeitório, a lavandaria, os gabinetes administrativos e de atendimento e a zona técnica e de armazém.
Para o presidente do CERRIA, José Belo, o edifício agora em construção vem dar resposta a uma “necessidade há muito sentida” que é “a obra do CEERIA, não da actual administração, mas de todas as anteriores e também da comunidade alcobacense”.
Orçada em 1,6 milhões de euros, a empreitada tem uma comparticipação de cerca de 60% de fundos comunitários. O restante montante terá que ser assegurado pelo Ceeria, sendo que a Câmara de Alcobaça já prometeu apoiar a obra. A instituição vai levar a cabo uma campanha de angariação de fundos e José Belo deixou já a promessa de “rigor e total transparência” na aplicação das verbas conseguidas junto da comunidade.

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NÃO BASTAM BOAS INSTALAÇÕES PARA A INCLUSÃO SOCIAL

À sociedade civil o presidente da direcção do CEERIA deixou ainda um outro apelo. É que “a integração social das pessoas com deficiência decorre no seio da comunidade. As boas instalações são fundamentais, mas estão longe de serem suficientes na inclusão”, que em Alcobaça “tem sido um caso de sucesso”, afiançou José Belo.
E não é só na inclusão de pessoas com deficiência que Alcobaça recebe nota positiva. A cobertura de equipamentos sociais, com taxas muito elevadas, foi também salientada pelo director do Centro Distrital de Segurança Social de Leiria, Fernando Gonçalves. Um aspecto de louvar, mas que dificultava a candidatura do lar do CEERIA a fundos comunitários, que dão prioridade às zonas mais necessitadas.
Mas “a área da deficiência deve estar à margem, porque são situações especiais que devem ser encaradas de forma especial”, considerou o responsável, que reconheceu “o extraordinário trabalho, a competência e o mérito” do CEERIA. E por isso, “a Segurança Social não fez mais do que cumprir a sua obrigação” quando ajudou a instituição a receber apoios no âmbito da Medida de Apoio à Segurança de Equipamentos Sociais.
Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, também partilha da mesma opinião, considerando que “a Câmara está a fazer o seu dever” ao ajudar esta obra a tornar-se realidade. Uma obra que vem reforçar a rede social do concelho, na qual Paulo Inácio acredita que autarquia e Sociedade Civil estão “a assumir grandes desafios”, fundamentais para que se respondam às necessidades sociais.

 

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