Guimarães – 2012 Capital Europeia da Cultura – Uma cidade que dá prazer visitar

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Percorrer a cidade de Guimarães sem grandes preocupações de cumprir um programa cultural específico, dá um prazer suficiente para justificar uma deslocação a partir do Oeste.
A distância de 280 quilómetros percorre-se em 2 horas e 20 minutos, se não se apanharem os engarrafamentos ao atravessar o cidade do Porto. Quase todo o percurso é feito em auto-estrada, que consumirá numa viatura normal cerca de 45 euros em portagens em cada sentido. Para o combustível o leitor pode reservar mais 50 euros. Mas o investimento vale a pena. Faltar-lhe-á também suportar uma refeição, que num restaurante local de comida popular poderá custar menos de 10 euros. Se quiser permanecer mais de um dia terá de procurar alojamento, num hotel ou numa modalidade mais em conta, repartida por turismo de habitação, turismo rural, pousada da juventude, ou ainda em apartamentos no centro da cidade especialmente preparados para receber visitantes.
Guimarães está impecável. Impecável no asseio das ruas e na limpeza das paredes, com a grande maioria dos edifícios tradicionais recuperados, sem mamarrachos no centro da cidade e com espaços de uma qualidade arquitectónica que fez merecer a todo o centro histórico o título de Património Mundial. É o Largo do Toural ou o da Oliveira ou a Praça de Santiago e as ruas que os circundam.
Em recuperações de espaços encontramos dois casos exemplares: a antiga Fábrica ASA na periferia da cidade (onde foram criadas uma Plataforma das Artes e a Casa da Memória), e o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, que é uma instituição cultural sem fins lucrativos que tem como missão apoiar e estimular a criação artística e a aplicação de novos métodos de produção, promovendo a interacção entre as mais diversas áreas de manifestação artística e arquitectura.
A tudo isto podem-se juntar visitas ao castelo da fundação de Portugal, o Paço dos Duques de Bragança, o Convento de Santo António dos Capuchos, o Palácio e Centro Cultural Vila Flor e os vários museus como o Martins Sarmento e Alberto Sampaio, entre outros.
Filmar com Manoel de Oliveira

Mas o leitor numa das suas deambulações também poderá ser surpreendido pelas filmagens de algum realizador cinematográfico de nomeada. Aconteceu connosco assistirmos à condução de um filme pelo realizador centenário português Manoel de Oliveira, que apesar dos seus 103 anos, continua a filmar, no caso uma história que envolve um guia turístico que conduz turistas de visita a Guimarães.
O filme, encomendado pela organização da Guimarães 2012, terá 20 minutos e juntar-se-á a outras tantas obras de realizadores internacionais, como Aki Kaurismaki, Vítor Erice e Pedro Costa, dando no seu todo uma longa metragem que poderá passar por alguns dos festivais internacionais mais conhecidos.
Ver Manoel Oliveira a dirigir um filme é um cena, ela própria, inesquecível.

JLAS

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