O Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território lançou a 31 de Agosto o concurso para o desassoreamento da Lagoa de Óbidos.
A primeira intervenção – que deverá começar ainda este ano e irá prolongar-se por um período de quatro meses – destina-se a remover 350 mil metros cúbicos de areias, de forma a contribuir para o desassoreamento da lagoa. Estes inertes serão utilizados no reforço do cordão dunar em zonas com maior risco de erosão, possibilitando melhores condições de segurança aos banhistas durante a época balnear.
Os trabalhos de consolidação, da responsabilidade do Instituto da Água (INAG) e orçados em 2,5 milhões de euros, integram o plano de combate à erosão costeira que a administração central pretende que esteja concluído em 2013.
Já aquando da sua visita à lagoa de Óbidos, a 27 de Maio, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, tinha deixado a garantia de que as dragagens deveriam ter início ainda este ano. “O desassoreamento da Lagoa de Óbidos não está em causa porque é considerado uma prioridade”, afirmou na altura.
Desconhecida é ainda a localização para a remoção das areias existentes na zona inferior da lagoa e lodos depositados nos canais de ligação da lagoa aos braços da Barrosa e do Bom Sucesso e próximo da foz do rio Real.
A Câmara de Óbidos não concordou com a alternativa para a sua colocação apresentada pela Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e fez uma outra proposta ao secretário de Estado do Ambiente, que prevê a colocação dos sedimentos em dois locais, um no concelho das Caldas e outro no de Óbidos. Está agendada para o próximo dia 29 de Setembro uma reunião entre responsáveis da autarquia obidense e o secretário de Estado, Humberto Rosa, para discutir este assunto.
Entretanto, a Junta de freguesia da Foz do Arelho já emitiu um comunicado onde se congratula pela decisão tomada pelo ministério e saúda a ministra do Ambiente por “ter honrado o compromisso que connosco assumiu a esse respeito”.
Na missiva é ainda feito um agradecimento a todas as “autarquias e outras entidades envolvidas no processo, e em especial a todos os cidadãos que se associaram aos esforços que desenvolvemos no Inverno passado. Os resultados agora obtidos mostram que a cidadania vale a pena”.
Os autarcas dizem-se ainda mais motivados para continuarem atentos e activos na sua colaboração com todas as entidades envolvidas na resolução dos problemas da Lagoa.