Médicos palhaços ajudam os mais pequenos a perder o medo das “batas brancas”

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palhacosQuem se dirigiu à Unidade de Saúde Familiar (USF) Rainha D. Leonor, na tarde da passada segunda-feira, 2 de Junho, ficou surpreendido com a animação que se viveu na sala espera.
A USF foi visitada por dois doutores-palhaços que se dedicaram a brincar com os utentes mais novos que foram à consulta de saúde infantil ou às vacinas. Para celebrar o Dia Mundial da Criança – assinalado no dia anterior – houve canções, desenhos e pinturas com a presença do médicos-palhaços, internos que pertencem ao colectivo CHOlhaços e que trabalham nas unidades de saúde da região.
“A ideia é proporcionar alguns momentos de brincadeira aqui na USF, que está sempre mais associada à doença”, disse Leonor Salvo, uma das médicas daquela USF.
Apesar da divulgação ter sido feita já no final da semana passada, a vinda animada dos médicos-palhaços contribuiu para a descontracção do ambiente pois, no fundo, o que se pretende é que os mais novos “percam o medo das batas brancas”, disse a médica.
Para a responsável, o ideal seria até poder contar com os CHOlhaços mais vezes durante o ano e não apenas quando se assinala o Dia da Criança.
Mariana Adrião e Miguel Contreras são médicos internos que trabalham no CHO e numa USF da Nazaré. O primeiro assume o papel da personagem do Dr. Remy e nesta ida à USF até estava algo “nervoso” pois foi a primeira vez que actuou fora dos serviços de internamento e de urgência do CHO.
Os dois médicos gostam de animar as crianças, dizem que o que pretendem “é levar-lhes alguma alegria”.
Estes dois doutores pertencem ao colectivo CHOlhaços que além dos profissionais de saúde ainda conta com alguns estudantes do curso de Teatro da ESAD. Segundo Miguel Contreras, no hospital das Caldas há palhaçadas para os utentes mais novos pelo menos uma vez por semana. Os dois médicos dizem que, mesmo depois de terminar o internato, vão continuar a trazer bons momentos aos mais novos.
Vou continuar sim, até porque – com ou sem nariz vermelho – animar os outros é algo que me está nos genes”, rematou o doutor-palhaço Remy, depois de ter entoado uma canção à viola, especialmente dedicada ao Tomás, um utente de quatro anos que estava na USF Rainha D. Leonor, à espera que fosse a sua vez de ir à consulta.

Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt