Gazeta das Caldas recebeu uma queixa a protestar pela continuidade da situação, apesar da intervenção policial
A Gazeta das Caldas foi contactada por uma moradora das imediações das ruas Soares dos Reis e Vitorino Fróis, onde estão situados o minimercado Altas Horas (n.º 2) e o II Grab & Go (n.º 16B), respetivamente, ambos abertos durante 24 horas. A moradora, que também trabalha naquela área, queixa-se do “barulho durante a noite e madrugada” no largo junto ao Grab and Go, “ou seja, junto aos prédios 14 e 16”.
A queixosa lamentou também o “urinol a céu aberto, a quantidade de vidro partido, das garrafas compradas no Altas Horas, as caricas, todo o lixo deixado”. “Até um
sinal de trânsito foi partido e tirado de lá”, afirmou ainda. E acrescentou: “Já era mau apenas com o Grab & Go, mas, desde que abriu o Altas Horas, está cada vez pior”.
A leitora contou que a polícia já foi contactada, mas a situação continua a repetir-se. “A polícia não consegue fazer nada.” E salientou o “direito ao sossego das pessoas que trabalham todos os dias”.
Gazeta das Caldas inquiriu um funcionário da mercearia “Altas Horas”, que partilhou o seu conhecimento de “coisas que acontecem antes da meia noite”, altura até à qual ele permanece no estabelecimento. O jovem confirmou que, “normalmente, à noite, o que se vende mais são as bebidas. Vêm aqui pessoas de todas as idades”, que levam a bebida para casa ou a consomem nas imediações da loja.
O largo do Grab & Go já é um “spot”, por ser “um sítio que é perto do Central [nos Silos] e do Parque”.
Relativamente ao barulho, “ela [proprietária] já me falou de que já reclamaram, mas não tem culpa, porque não é dentro do seu espaço”, onde “não se pode beber”. “Então não pode fazer nada. Nem sequer estão a comprar nada aqui, só ficam ali, foi o que me disse.”
O jovem afirma que “nunca vi nenhuma garrafa no chão, pelo menos nesta rua”. Não estranha, contudo, a ocorrência: “Nesse dia [de Feira dos Frutos], junto àquele muro no parque, havia um monte de garrafas. E mesmo estando cheio de polícias. Se lá, com polícias, fazem isso, então aqui, que não tem ninguém…”.
A proprietária já foi abordada pela polícia, porém, “é a mesma história, mesmo se as garrafas tiverem sido vendidas por ela, o problema é das pessoas que compraram. Ela não pode sair à rua para recolher, ou contratar alguém. A pessoa tem de ter a consciência de não mandar para o chão”.
Contactada pelo jornal, a Câmara respondeu que “não tem, neste momento, conhecimento sobre esta situação em particular”. “Contudo, não sendo esta matéria da sua esfera de competências, o município tem feito diligências preventivas junto da Polícia de Segurança Pública, sinalizando pontos da cidade em que exista maior concentração de pessoas, que possam eventualmente causar distúrbios aos residentes.” ■