O diagnóstico da região já foi apresentado e o projeto-piloto, que arranca no território da Comunidade Intermunicipal do Oeste, vai durar dois anos
A Nova Information Management School (Nova IMS), da Universidade Nova de Lisboa, e a Comunidade Intermunicipal do Oeste querem criar a primeira região inteligente do país. A escola vai investir um milhão de euros para criar a primeira Plataforma Analítica Integrada de Inteligência Territorial Smart Region e o projeto-piloto arranca nos concelhos do Oeste, com uma duração de dois anos. Após esse período, a plataforma ficará disponível para ser replicada em todo o país.
Será possível compreender a interação das pessoas que vivem, trabalham ou visitam este território com base nos dados do registo e utilização dos pontos de acesso Wi-Fi, envolvendo as dimensões espaço e tempo na análise.
A Nova IMS apresentou, recentemente, aos autarcas, o diagnóstico da região, revelando que o Oeste já possui um conjunto de iniciativas “smart”, ainda que sejam executadas de forma “espontânea e dispersa”. O estudo mostra, ainda, que existe uma clara disparidade de maturidade “smart” dos vários municípios e que é necessário criar uma estratégia integrada para a região.
E o que são iniciativas smart? De acordo com o documento, são ações e planos que promovem e contribuem para o desenvolvimento sustentável dos municípios ao nível da mobilidade, economia, proteção civil e segurança, energia e ambiente, vida e bem-estar, governo e participação.
Transversais a todos os municípios são, por exemplo, os projetos OesteLed e frota municipal elétrica, a videovigilância florestal, a biblioteca digital, o combate ao insucesso escolar, as unidades móveis de saúde, o orçamento participativo, wi-fi municipal ou a app info praia.
Ao nível de cada um dos municípios a maioria das iniciativas já concretizadas são ao nível da energia e ambiente, seguidas do governo e participação e de economia. Foram ainda identificadas um total de 25 iniciativas “smart” ligadas à promoção da atividade turística na região, a sua maioria ao nível da transformação digital. O portal do turismo, o sistema de contagem de fluxo das pessoas, a app de realidade aumentada, a Nazaré 360º e a app Carnaval, são alguns desses exemplos.
O estudo destaca ainda as bicicletas urbanas ou a rota de turismo acessível, ao nível das acessibilidades, assim como os percursos e rotas pedonais, rede de bicicletas e ciclovias e planos urbanísticos, no que se refere à sustentabilidade. Por outro lado, analisa as principais regiões inteligentes, a nível mundial e apresenta um conjunto de boas práticas que promovem e estimulam o seu desenvolvimento. ■