Pavilhões do Parque vandalizados dão a conhecer registos médicos que deveriam ser confidenciais

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Gazeta das Caldas
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IMG_3116O CHO tem usado os pavilhões do parque como armazém e arquivo, mas o estado destes edifícios aliado ao vandalismo, permitiu que qualquer pessoa pudesse ter acesso a registos médicos deste centro hospitalar. As portas dos pavilhões têm sido constantemente abertas, ficando escancaradas e aumentando a curiosidade de quem passa. O centro hospitalar responde com um apelo ao civismo.

Há mais de uma dezena de anos que os Pavilhões do Parque D. Carlos I têm sido usados como armazém do Centro Hospitalar. Para além de equipamentos cuja vida útil chegou ao fim e que não se encontram em condições de funcionamento, ali foi também depositado parte do arquivo morto do CHO. Mas a falta de protecção tem levado a que seja fácil vandalizar o edifício e entrar nele, sendo possível percorrer as várias salas onde se vêem muitas pastas de arquivos e diverso equipamento hospitalar.
Por exemplo, dados de dadores de sangue (nome completo, data de nascimento, morada, estado civil, entre outras informações) assim como exames antigos, estiveram ao alcance dos vândalos.
Depois de receber várias queixas de leitores, Gazeta das Caldas procurou perceber junto do CHO o que pensa esta entidade fazer para resolver a situação. O centro hospitalar informou “que estes documentos e equipamentos fora de serviço estão desde o início do Verão a ser abatidos, ou transferidos dos Pavilhões do Parque para outros espaços de armazenamento do Centro Hospitalar”. Até porque os pavilhões devem estar “totalmente desocupados para a sua transferência para a Câmara Municipal de Caldas, que se pretende que ocorra em breve”.
O CHO diz ainda que “lamenta a invasão e vandalização dos Pavilhões do Parque por desconhecidos” e apela através da Gazeta “ao civismo dos cidadãos para que este tipo de acções não volte a suceder”.
Esta situação não será certamente uma novidade, visto que tem acontecido ao longo dos anos, mas será este apelo suficiente para parar o vandalismo, ou serão precisas mais medidas, como aumentar a vigilância ou cimentar portas e janelas?
Nada disto aconteceria se os Pavilhões do Parque não estivessem numa espécie de limbo: já quase não pertencem ao CHO, que com eles não gasta um cêntimo, e ainda não pertencem à Câmara.

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