A intervenção na Praça da Fruta só terá início em Janeiro de 2014, resultado da recalendarização dos programas comunitários, que permitem a execução de obra até ao final desse ano.
Inicialmente prevista para começar no início deste ano, a obra foi adiada para Janeiro de 2014 e deverá ser concretizada até Junho, pois “são os meses de menor prejuízo para os vendedores, uma vez que o verão e também a época do Natal é quando há maior movimento na praça”, explicou o presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, que tem a seu cargo a execução das obras, até ao seu abandono em 15 de Maio. O empreiteiro continua com frentes de trabalho noutros locais da cidade e fará aquela obra no final.
Definitivamente afastada está a ideia de fazer um parque de estacionamento subterrâneo na praça. O edil explica que, apesar da requalificação prever menos lugares de estacionamentos que os actuais, há alternativas próximas, com parques no CCC e na Praça 5 de Outubro.
Apesar da intervenção começar apenas em Janeiro, no final do ano terão que ser feitas sondagens para verificar vestígios arqueológicos, acompanhadas pelo IGESPAR, sem que isso venha a pôr em causa a permanência dos vendedores.
Para além disso, a intervenção merece também alguma preocupação ao nível da recolocação da calçada, centenária, mas que tem vindo a ter vários remendos ao longo dos anos. O vereador Hugo Oliveira destaca é preciso fiscalizar de forma cuidada pois trata-se de uma intervenção numa calçada artística. Nesse sentido, já contactou a Escola de Calceteiros da Câmara de Lisboa, que tem experiência nessa área. “Há a preocupação de garantir que seja feito um bom trabalho e que não se perca este espólio que é a calçada da Praça da Fruta”, disse o autarca à Gazeta das Caldas.
Por outro lado, o parque de estacionamento subterrâneo na Praça 25 de Abril deverá ser das últimas obras a fazer no âmbito da regeneração urbana, uma vez que a Câmara só a adjudicará quando tiver “absoluta” garantia de que começa e acaba a obra no prazo de nove meses. Com a insolvência da empresa caldense José Coutinho (que estava responsável pela construção do parque) e a dificuldade com que as empresas de construção se debatem actualmente, Fernando Costa diz que há “algumas dúvidas na Câmara se é para fazer ou não, porque não podemos correr o risco de ficar a meio”.
O autarca disse à Gazeta das Caldas que esta é uma obra não pode começar e ficar parada, “é daquelas que temos receio que o empreiteiro que a comece tenha um colapso a meio”, disse, destacando que ainda têm alguns meses para decidir.
Também o Espaço de Certificação dos Produtos Regionais estava a cargo da empresa José Coutinho, que fez a demolição do edifício existente junto ao Mercado do Peixe. Agora será outro empreiteiro a concluir a obra, mas a sua escolha será mais rápida, pois “não causa os mesmos riscos”, acrescentou o autarca.
“A zona central da avenida passará a ser uma praça”
A obra na Avenida da Independência Nacional é a que actualmente está a ser feita de maior dimensão. De acordo com Hugo Oliveira, a “zona central da avenida passará a ser uma praça, com espaço de lazer” para contrabalançar com os prédios de grande altura que a rodeiam.
A antiga avenida irá dar lugar a um parque infantil, que serve essencialmente para utilização pelos moradores e pelos visitantes. “Quando se fala numa zona de comércio há sempre um espaço de lazer onde as pessoas vêm com as suas crianças e circulam nos percursos existentes”, disse, acrescentando ainda que haverá um quiosque com esplanada para dar vida ao próprio espaço.
A obra, que deverá estar concluída em inícios de Maio, contará também com mais árvores que se irão juntar aos arbustos existentes. “Temos uma grande zona verde, que é o parque, mas deste lado da cidade onde há tanto betão, fazia também falta algum verde e um local onde as pessoas possam estar”, referiu o autarca.
Os caixotes do lixo, que ficam no final da praça, foram alterados do projecto inicial, para a manutenção de árvores no local.
Os moradores têm-se queixado da falta de estacionamento resultante da intervenção e, de acordo com Hugo Oliveira, “em todas as obras de intervenção no espaço público há uma redução de lugares, compensados com um parque subterrâneo a construir na Praça 25 de Abril”. Para além do parque pago, as alternativas serão o parque de estacionamento num dos topos da Avenida da Independência Nacional (junto à estação) e o junto às instalações da PSP , que irá ser ordenado.
Para Hugo Oliveira, a construção do parque de estacionamento subterrâneo é fundamental para “garantir o estacionamento de apoio ao comércio e serviços, assim como aos moradores”.
Dois empreiteiros garantem as obras
O facto das obras começarem em novas ruas sem que tivessem sido terminadas as anteriores é “obrigatório”, explica Fernando Costa, acrescentando que o empreiteiro tem trabalhadores com diversas funções (como canalizadores, pedreiros, calceteiros) que têm que estar a trabalhar, não podendo ficar à espera que as obras fossem acabadas.
Actualmente estão a ser executadas trabalhos por dois empreiteiros, Mário Pereira Cartaxo, na Avenida da Independência Nacional, e Constradas, na Rua Capitão Filipe de Sousa, por troços, assim como na Coronel Soeiro de Brito. Nesta última, falta intervir entre a Rua Leão Azedo e a Heróis da Grande Guerra, e que pensam fazê-lo durante as férias da Páscoa, altura em que não circulam tantos autocarros devido às férias escolares.
No que respeita à Rua Capitão Filipe de Sousa o resto da intervenção terá que ser coordenada com a do Edifício de Certificação dos Produtos Regionais. “Podemos avançar com água e saneamento, mas não podemos estar a colocar calçada e depois virem os camiões com o betão para encher a placa e estragar a obra que está a ser feita”, explicou Hugo Oliveira.
A intervenção no futuro edifício do Turismo, nas antigas instalações da PSP, ao cimo da Praça da República, deverá estar pronta até ao final de Agosto. A Câmara irá agora abrir hasta publica para concessão do café-restaurante naquele espaço, e outra para a concessão do quiosque na Avenida da Independência Nacional, de forma a que seja coincidente com o final da obra.
Relativamente ao largo João de Deus há umas “correcções a fazer” que Fernando Costa espera que sejam realizadas em breve, referindo-se particularmente à rectificação das luminárias e ao desnível da escada da capela, resultado de um erro de topografia.
Por outro lado, o autarca refere a falta de civismo de alguns condutores que estacionam em cima dos degraus da escadaria da própria igreja ou no local de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida.
“É triste que isto aconteça quando naquele largo houve um entendimento com os moradores para fazer o projecto de mútuo acordo”, disse Hugo Oliveira, acrescentando que está em discussão na Câmara a questão dos lugares de estacionamento para moradores.
Hugo Oliveira justifica ainda que, em muitos casos, são verificados erros, e têm que ser feitas alterações, porque não há cadastro e os técnicos trabalham com a informação possível.
“As pessoas queixam-se e têm razão”
“Queremos que a cidade fique cada vez mais bonita, tenho que dizer aos que se queixam das obras que têm razão, que lhes causam prejuízos, mas hão-de ganhar com isso”, disse Fernando Costa, lembrando que também recebeu muitas reclamações quando empedraram a Rua Alm. Cândido dos Reis, mas que agora “todos concordam com o facto desta ter-se tornado pedonal”.
O autarca considera que parte das obras da regeneração urbana “estão a ficar muito bonitas”, como os Largos do Hospital Termal e de João de Deus e Rua Coronel Andrada Mendoça. Falta colocar algum mobiliário urbano, assim como as rampas de acessibilidade com um tipo de piso diferente nas passadeiras.
Fernando Costa considera que é vantajoso este alargamento do prazo para execução das obras, sem perdas de financiamento, pois permite faseá-las de modo a não prejudicar ninguém, “mas se não as fizermos agora nunca mais se fazem, porque temos acesso a 85% dos fundos comunitários”, explicou.
Falta de civismo à vista no Largo do Termal
“Isto é o vandalismo, a falta de civismo descarada, de gente sem cidadania nenhuma”. É desta forma que o presidente da Câmara, Fernando Costa, reage ao estacionamento no Largo da Copa. De acordo com o autarca todo aquele estacionamento é ilegal e as pessoas têm alternativas perto para deixarem os seus carros.
Esta obra está longe de ser consensual e muitas têm sido as criticas do público – nomeadamente por não terem retorno à rua de Camões – que lhes tem sido transmitidas pelos deputados dos diversos partidos na Assembleia Municipal. Para Fernando Costa a intervenção “está bem e bonita, mas infelizmente, permite o estacionamento anárquico e vândalo”, pelo que pretende resolver essa situação com a colocação de mais floreiras. Ao mesmo tempo, o autarca vai pedir à PSP e ASAE que em vez de “andarem a multar as associações desportivas e colectividades que venham multar os automóveis”.
Tudo é muito bom para o desenvolvimento da cidade, mas esqueçeram-se de algo essencial, os idosos que aqui vivem. Aqueles que ainda saem à rua, tem o seu carro,vão `
às compras mas agora como na avenida só existem 5 lugares para estacionar, não têm onde estacionar o seu carro. E como estas pessoas vão fazer?
Estou a falar num caso bem concreto, no caso do meu pai, vive na avenida, no predio do Millenium e sempre que quer ir às compras quando vem com o carro não tem onde estacionar, e não tem saude para andar carregado com compras. E distico de invalido para ter um lugar priviligiado, tambem não pode pedir, pois não é invalido.
O caso dele é apenas um entre muitos que ali moram, conheço-os e estão todos eles revoltados e sem saber o que vºao fazer….
Agora pergunto eu, como vai a nossa comunidade mais idosa, mas ainda activa, mas com condicionantes de saude fazer?
Não percebo nem entendo, pois o local do estacionamento é o mesmo, mas agora obrida a estacionamento sem ser em espinha, onde ai se conseguia estacionar muitos mais carros.
É muita falta de bom senso.