Apesar dos receios da organização em relação à crise, o primeiro fim-de-semana da Festa de Verão “teve uma maior afluência em relação ao ano passado”, afirma António Marques, director executivo da Expoeste.
De acordo com o mesmo responsável, nota-se alguma contenção dos visitantes em relação às sobremesas e extras, mas garante que as refeições têm tido muita saída.
“As nossas tasquinhas não desiludem apesar da crise”, garante António Marques, destacando a qualidade da gastronomia e também da animação diária, feita exclusivamente com prata da casa.
Este ano participam no certame 20 associações, algumas delas pela primeira vez, como é o caso do Centro Paroquial dos Vidais e do grupo de desportistas “Os Boémios”. O Centro Social de S. Gregório veio substituir o S. Gregório Ginásio Clube e o Caldas Sport Clube também voltou a marcar presença.
No total, trabalham mais de 600 pessoas nas tasquinhas e muitas delas chegam a tirar férias nesta altura para poder trabalhar nas suas colectividades. “Metade do financiamento anual de muitas das associações presentes é conquistado neste certame”, refere António Marques.
Carlos Brás, proprietário do restaurante “Tasca Rasca”, especializado em comeres regionais algarvios, está a participar na tasquinha de verão pela primeira vez. Do sul trouxe arroz de Langueirão, choquinhos à Algarvia, biqueirão alimado, amêijoas à Algarvia, frango à Guia e espetadas de lulas, de porco preto e de novilho, entre outros pratos.
O empresário, que participa em certames do género a convite da Região de Turismo do Algarve, já tinha entrado em contacto com a Expoeste em anos anteriores para estar presente com a sua gastronomia, à semelhança do que faz nas tasquinhas de Rio Maior, mas apenas este ano surgiu a oportunidade.
Carlos Brás não conhecia a Expoeste e ficou agradavelmente surpreendido. “Gosto do espaço, acho que está muito engraçado e superou as minhas expectativas”, disse à Gazeta das Caldas.
António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste, também marcou presença na inauguração do certame, na tarde de sexta-feira, juntamente com os autarcas e dirigentes associativos do concelho.
“É uma festa muito tradicional popular nas Caldas”, para além de ser “uma surpresa agradável para os estrangeiros que nos visitam e não encontram esta tipicidade nos seus países”, referiu.
António Carneiro destaca ainda que a Festa de Verão é um local de encontro de amigos, que muitas vezes apenas se vêem de ano a ano. “Continuo a achar que estes certames vieram substituir um pouco o papel que tinham as praças públicas. Nada como um bom petisco, um bom vinho, aliado a uma boa conversa para nos distrairmos”, concluiu.
Clube Náutico expõe equipamentos na Expoeste
Quem entra na Festa de Verão depara-se à entrada com um barco à vela, uma motonáutica e um jet sky, equipamentos que o Clube Náutico da Foz do Arelho levou para exposição, na sua estreia no certame.
O convite para estar presentes surgiu do presidente da Junta da Foz do Arelho, que este ano ali quis juntar todas as associações da freguesia. “Tentamos aqui fazer um ambiente animado e contribuir para o êxito das tasquinhas”, afirma Mário Pedro, presidente do Clube Náutico, criado há três anos e que possui actualmente cerca de 50 sócios.
Consigo trouxeram um barco de corrida do piloto caldense Luís Ribeiro. O objectivo é o de mostrar as actividades que desenvolvem, nomeadamente junto das camadas mais novas e introduzir os jovens na prática de desportos náuticos.
Actualmente desenvolvem acções de formação na Foz do Arelho, em parceria com Federação de Motonáutica, para jovens dos oito aos 16 anos.
Têm também um protocolo com a Federação Portuguesa de Jet Ski, com o intuito de dinamizar a escola de pilotos que têm na Foz.