Presidentes de Câmara da região prescindem da prioridade para vacinação

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Autarcas são unânimes em considerar que a vacina deve priorizar os grupos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos
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Os autarcas da região não pretendem receber a vacina nesta fase, mas na altura correspondente ao seu grupo

O presidente da Câmara das Caldas não está disponível para receber já a vacina contra a covid-19, porque considera que “há outros escalões etários e outras profissões que merecem ser vacinados antes dos presidentes de Câmara”.
Tinta Ferreira garante que não tem receio de ser vacinado e que o pretende ser, mas só quando chegar a sua vez, pois tem 56 anos e é saudável. Deixou, ainda, um apelo para que todos, na devida altura, sejam vacinados.

O governo considera-os prioritários devido às funções que ocupam de responsáveis da Proteção Civil

“A vacina é muito importante e confio nela para a vida em comunidade. Não considero, por razões de consciência, justo estar já na linha da frente para poder beneficiar dela”, concluiu o autarca, que discorda do despacho do primeiro-ministro.
Também o homólogo de Alcobaça, Paulo Inácio, não pretende usufruir desta decisão governamental, embora concorde que certos cargos superiores da administração central devam ser prioritários.
“Não me sentiria bem que pessoas de provecta idade fossem vacinadas depois de mim. Quero ser vacinado no momento devido, como cidadão português que sou com mais de 50 anos”, disse à Gazeta das Caldas.
O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, já esteve infetado com covid-19 e acredita que terá desenvolvido alguma imunidade. Só será vacinado na altura correspondente ao seu grupo etário, porque considera que está “mais protegido do que outros de grupos mais vulneráveis. O autarca salienta que a prioridade deve ser dada a quem efetivamente está na linha da frente (como o governo definiu), no entanto considera que existem “prioritários mais prioritários do que outros e na primeira linha devem estar os que prestam cuidados de saúde, os que prestam socorro, os que garantem a segurança e os que estão nos grupos mais frágeis”.
Também Humberto Marques, presidente da Câmara de Óbidos, já tomou a opção de não ser vacinado enquanto titular de cargo público, mas na sua vez enquanto cidadão. Considera de “todo importante que as altas figuras do Estado” que estão na frente do controlo desta pandemia, devam ser vacinados. Garante que da sua parte não contarão com qualquer atitude de “crítica fácil ou de tomadas de posições com acolhimento popular”, mas defende que é necessário vacinar em primeiro lugar todos os que sofrem de patologias, idosos e os que estão na linha da frente para combater a pandemia.
Também o autarca do Bombarral, Ricardo Fernandes, concorda em ser vacinado a “partir do momento em que todos os nossos concidadãos mais vulneráveis estiverem devidamente protegidos pela vacina”.
Gazeta das Caldas questionou ainda os autarcas de Peniche e do Cadaval, mas estes não responderam até ao fecho desta edição. ■

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