- publicidade -
O histórico dirigente do CDS-PP e professor universitário Adriano Moreira esteve nas Caldas, no passado dia 14 de Julho, para participar no lançamento do livro da presidente do Conselho de Administração do CHO, Ana Paula Harfouche. O político mostrou-se preocupado com a crise e descrédito que atravessa o Estado Social, resultado do esbanjamento de recursos e da falta de princípios de muitos dirigentes.
“O Estado Social actualmente está em crise e, apesar do avanço da investigação científica e tecnológica, os pobres morrem mais cedo”, disse Adriano Moreira. Isto acontece porque os mais desfavorecidos não têm capacidade para receber os avanços da ciência, da técnica, da ética e da dedicação dos profissionais dessas áreas, disse o professor universitário, para quem é importante meditar sobre a crise no Estado Social e os seus antecedentes.
O histórico do CDS-PP propôs-se reflectir sobre o que aconteceu para que neste momento o Estado social seja “não apenas diminuído mas objecto de uma tentativa de ser desacreditado”. Lembrou que com a queda do Muro de Berlim em 1989 não acabou apenas um conflito ideológico, como nasceu um neo-riquismo que nos foi levando a uma situação de falência que estamos agora a viver. “Este neo-riquismo implicou o esbanjamento de tantos recursos em coisas que eram perfeitamente dispensáveis, foi esgotando as capacidades do Estado” e isso teve reflexos “tremendos” em Portugal, disse.
A tentar lutar contra esse acentuar de diferenças e exiguidade de recursos estão os investigadores, como é o caso de Ana Paula Harfouche, destacou Adriano Moreira, que conhece bem a sua experiência, com uma longa série de trabalhos publicados.
Para o orador, actualmente, mais do que um problema de falta de dinheiro, assiste-se à falta de princípios, criticando a acção dos estadistas de Bruxelas, que apenas vêem números à frente. “Acho que esta ficará na Histórica como a época das décimas”, disse, referindo-se às sanções a que Portugal está sujeito por ter ultrapassado em duas décimas a meta do défice de 2015.
Adriano Moreira participava na apresentação do livro “Políticas de Saúde – Fundamentação, prioridades, opções e resultados”, de Ana Paula Harfouche, actual presidente do Conselho de Administração do CHO. O docente universitário destacou o percurso da sua aluna, com formação em Ciências Sociais e que, para fazer esta obra, teve o “atrevimento de entrar nas áreas da Matemática e da Gestão”.
Neste livro é aprofundado o conceito de eficiência no que se refere às decisões em políticas de saúde, com um estudo que contempla 39 hospitais, dos quais 22 foram transformados em sociedade anónimas e 17 são do Sector Público Administrativo.
O ritmo de crescimento das despesas com a saúde, sobretudo nos últimos 36 anos, e a procura de equidade no acesso aos cuidados, levam os governos repensar a forma como são concebidas as suas politicas de saúde. No entanto, a autora adverte os leitores que “não esperem encontrar soluções mágicas neste livro” pois este só pretende ajudar a “tomar decisões informadas porque se exigem fundamentadas, enquadradas, obviamente, pelas margens da politica que as enforma”.
Ana Paula Harfouche incluiu ainda um extra: um glossário, que pretende ser um ponto de partida para uma linguagem comum, que aproxime todos os leitores. A finalizar, a responsável disse acreditar ainda no “poder das políticas publicas para reabilitar o conceito de Estado Social em benefício de toda a sociedade”.
A obra foi apresentada pelo jornalista Francisco Gomes, que fez uma análise detalhada do seu conteúdo.
O histórico do CDS-PP propôs-se reflectir sobre o que aconteceu para que neste momento o Estado social seja “não apenas diminuído mas objecto de uma tentativa de ser desacreditado”. Lembrou que com a queda do Muro de Berlim em 1989 não acabou apenas um conflito ideológico, como nasceu um neo-riquismo que nos foi levando a uma situação de falência que estamos agora a viver. “Este neo-riquismo implicou o esbanjamento de tantos recursos em coisas que eram perfeitamente dispensáveis, foi esgotando as capacidades do Estado” e isso teve reflexos “tremendos” em Portugal, disse.
A tentar lutar contra esse acentuar de diferenças e exiguidade de recursos estão os investigadores, como é o caso de Ana Paula Harfouche, destacou Adriano Moreira, que conhece bem a sua experiência, com uma longa série de trabalhos publicados.
Para o orador, actualmente, mais do que um problema de falta de dinheiro, assiste-se à falta de princípios, criticando a acção dos estadistas de Bruxelas, que apenas vêem números à frente. “Acho que esta ficará na Histórica como a época das décimas”, disse, referindo-se às sanções a que Portugal está sujeito por ter ultrapassado em duas décimas a meta do défice de 2015.
Adriano Moreira participava na apresentação do livro “Políticas de Saúde – Fundamentação, prioridades, opções e resultados”, de Ana Paula Harfouche, actual presidente do Conselho de Administração do CHO. O docente universitário destacou o percurso da sua aluna, com formação em Ciências Sociais e que, para fazer esta obra, teve o “atrevimento de entrar nas áreas da Matemática e da Gestão”.
Neste livro é aprofundado o conceito de eficiência no que se refere às decisões em políticas de saúde, com um estudo que contempla 39 hospitais, dos quais 22 foram transformados em sociedade anónimas e 17 são do Sector Público Administrativo.
O ritmo de crescimento das despesas com a saúde, sobretudo nos últimos 36 anos, e a procura de equidade no acesso aos cuidados, levam os governos repensar a forma como são concebidas as suas politicas de saúde. No entanto, a autora adverte os leitores que “não esperem encontrar soluções mágicas neste livro” pois este só pretende ajudar a “tomar decisões informadas porque se exigem fundamentadas, enquadradas, obviamente, pelas margens da politica que as enforma”.
Ana Paula Harfouche incluiu ainda um extra: um glossário, que pretende ser um ponto de partida para uma linguagem comum, que aproxime todos os leitores. A finalizar, a responsável disse acreditar ainda no “poder das políticas publicas para reabilitar o conceito de Estado Social em benefício de toda a sociedade”.
A obra foi apresentada pelo jornalista Francisco Gomes, que fez uma análise detalhada do seu conteúdo.
- publicidade -
- publicidade -