Dupla de artistas plásticas abriram o seu atelier cerâmico, no Bairro da Ponte, dando a conhecer novas peças e alguns clássicos, a bons preços
No sábado à tarde, 7 de dezembro, as artistas Ana+Betânia abriram o seu atelier de cerâmica que fica na R. Narciso Barros n° 30 RC, no Bairro da Ponte
A dupla de artistas, tirou os aventais de trabalho e apresentou uma exposição-venda de peças a preços de estúdio e de outras mais recentes. “Algumas acabaram de sair do forno ainda esta manhã enquanto que temos outras que já foram feitas há dez anos e que fizeram parte da nossa primeira exposição, em 2015, em Lisboa”, disseram as autoras, enquanto fazem visita à exposição de obras que ocuparam o espaço da oficina.
Além de terem recebido pessoas de fora, ter aberto a oficina permitiu-lhes “um maior contacto com a comunidade caldense”.
Enquanto que antes, o público e os colecionadores tomavam contacto com as novas obras em contexto de galeria, “agora notamos um interesse crescente das pessoas em visitar os espaços de trabalho”, explicaram as artistas que abrem o seu espaço pelo menos uma vez por ano. “Vêm conversar e podem também conhecer como decorre o processo cerâmico”. Patentes estiveram peças das últimas séries destas autoras, feitas em barro negro (e pintadas a ouro) e outras propostas da dupla que marcaram presença na última edição da Feira de Arte Contemporânea de Madrid. Presentes estão clássicos como os cones de gelados-buquê que é uma declaração de amor e armas floridas. Estiveram ainda reinterpretações de peças clássicas das autoras, feitas em cerâmica negra e alguns pratos de guerra, feitos em Alcobaça. Esteve ainda a proposta selecionada para a Bienal de Aveiro onde estão representados ossos de escala humana com pequenas notas floridas. Na oficina estiveram, pela primeira vez, duas estagiárias do Cencal, Cátia Cunha, de 29 anos e Filipa Antunes, de 23 anos. À Gazeta ambas contaram que viveram “uma experiência fantástica, com grandes ganhos e com incentivos a experimentação”. À venda estiveram obras que as autoras descreveram como “azares cerâmicos” e que foram transacionadas a preços muito convidativos. ■