Arte contemporânea internacional em Óbidos

1
1036

 

“Uma colecção de arte contemporânea para Josefa de Óbidos – entre fora e dentro, entre o que é e o que possa ser” é a proposta dos curadores Fátima Lambert e Lourenço Egreja para Óbidos. A mostra, que será inaugurada no próximo domingo, 20 de Maio, na galeria novaOgiva, denomina-se “13 artistas+13 obras” e junta na vila um conjunto de trabalhos de artistas nacionais, brasileiros, belgas, austríacos e argentinos.
Os curadores procuram deste modo dar uma nova leitura às obras de arte, que foram na sua grande maioria concebidas para o Carpe Diem Arte e Pesquisa, situado no antigo Palácio Pombal, em Lisboa. “Pretendemos também permitir que se aplique a descentralização e que tudo aquilo que se produz possa, em vez de morrer num armazém, ir à luz e ser apreciado noutros locais do país”, explicou Lourenço Egreja à Gazeta das Caldas.
De acordo com o curador, tratam-se maioritariamente de obras recentes feitas já este ano. Algumas delas ainda se encontram em exposição no antigo Palácio Pombal e serão agora transportadas para Óbidos.
Na novaOgiva estarão patentes várias obras, mas apenas “duas peças à parede”, como faz questão de explicar Lourenço Egreja, justificando que se trata de toda uma abordagem de arte contemporânea, com peças electrificadas, mecânicas e que promovem interacção com os visitantes.
Para além da galeria, a mostra estende-se à vila, com a colocação de quatro peças em espaço público. Logo junto à Porta da Vila é possível apreciar uma peça de Manuel Caeiro e no chafariz no Largo de Santa Maria encontra-se uma obra da brasileira Laura Vinci. Rodrigo Oliveira tem patente uma peça de arte na Porta de Nossa Senhora da Graça e Nuno Sousa Vieira uma outra no largo junto ao restaurante Pretensioso.
De acordo com Ana Calçada, responsável pela Rede de Museus e Galerias de Óbidos, esta parceria é uma forma de envolverem “cada vez mais gente no mundo da criatividade, que olhe para Óbidos como um espaço que recebe quem cria, inova e pretende, noutro contexto que não as grandes cidades”. A responsável destaca que a Carpe Diem é um sitio de arte e pesquisa e apresentou-se como parceiro “muito interessante daquilo que se faz em Lisboa, com um conjunto de artistas que não são só grandes nomes, mas a possibilidade de juntarmos nomes em ascensão e autores estrangeiros”.
A exposição vai estar patente em Óbidos até 7 de Outubro.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt