Cave Story – a banda caldense que toca, grava e edita as próprias músicas

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CAVE-STORYGonçalo Formiga, Ricardo Mendes e Pedro Zina são três jovens caldenses que em 2013 criaram os Cave Story. Passado apenas um ano viam ser lançado o primeiro EP, “Spider Tracks”, um conjunto de seis faixas gravadas numa casa de campo, entre as Caldas e Óbidos. Ainda no final de 2014, a banda venceu o Vodafone Band Scouting, o que lhes garante a gravação de um LP com a editora Pontiaq. Em 2015, e com uma agenda de concertos bastante preenchida, os Cave Story actuarão pela primeira vez no NOS Alive, festival português que se encontra entre os melhores da Europa.

“B.I. da Banda”

 Banda Cave Story

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 Membros:Gonçalo Formiga (guitarra e voz), Ricardo Mendes (bateria) e Pedro Zina (baixo).

Género musical: Post-punk; Rock alternativo.

 Discografia: EP “Spider Tracks” (2014).

Onde ouvir: cavestory.bandcamp.com

É no bairro da Nossa Senhora da Luz que os Cave Story têm uma casa, onde ensaiam duas a três vezes por semana. Depois de terem passado por alguns estúdios como o MundaMúsica ou a Garagem de Música – espaço disponibilizado pelo Centro da Juventude –, os três jovens arranjaram o seu próprio “cantinho”. É aqui que gravam e editam os temas, num estilo lo-fi, o que significa que produzem em baixa resolução.

Para Gonçalo Formiga, vocalista dos Cave Story,

“é muito importante que a banda participe em tudo, desde a gravação das músicas à gravação dos vídeos”, pois assim “depende menos de outras pessoas”.

Gonçalo Formiga e Ricardo Mendes já se conheciam muito antes do nascimento dos Cave Story e inclusive tocavam juntos noutras bandas e planeavam iniciar um projecto a dois. Contudo, quando encontraram o baixista Pedro Zina, perceberam como a banda

“tinha muito mais sentido com os três”, contou o vocalista à Gazeta das Caldas.

O nome Cave Story é inspirado num jogo que os três músicos jogavam na altura com a mesma designação. Soou bem aos ouvidos do grupo e assim ficou, também pelo facto de se tratar de um jogo inventado por uma pessoa independente, que só depois foi comprado por uma grande empresa. No fundo,

“uma ideia simples que acabou por se tornar em algo que as pessoas gostam, e esse é também o nosso objectivo”, explicou Gonçalo Formiga, o membro mais novo da banda, com 23 anos.

SEM ESQUECER OS ESTUDOS

Apesar de hoje estarem com os olhos postos na música, praticamente a cem por cento, esta nem sempre foi a primeira opção dos Cave Story e em vários momentos dedicaram-se a outras actividades, nomeadamente aos estudos. Pedro Zina, por exemplo, é licenciado em Ciências da Comunicação, Gonçalo Formiga estudou Produção e Criação Musical e Ricardo Mendes ainda está a formar-se em Som e Imagem.

No que diz respeito aos músicos que têm influenciado o seu trabalho, os Cave Story preferem não apontar nomes. Contudo, existem referências explícitas: em 2014, os três jovens lançaram o single “Richman”, um tributo a Jonathan Richman, vocalista do grupo The Modern Lovers, e gravaram ainda uma versão do tema “Helicopter Spies” dos britânicos Swell Maps, ambas as bandas caracterizadas pelo género musical post-punk.

Nos últimos concertos, os Cave Story têm tocado as faixas do EP “Spider Tracks”, mas também experimentado temas novos, que pensam vir a apresentar, quem sabe, no próximo álbum. Embora não exista nenhuma data prevista para o seu lançamento, o vocalista acredita que

vai ser mais fácil escrever o LP “pois será um processo contínuo e único, sem interrupções”.Isto porque, “Spider Tracks” é ainda “uma colecção de várias músicas, que têm apenas em comum o facto de terem sido gravadas no mesmo local”, esclareceu Gonçalo Formiga. Revisitando os concertos mais memoráveis, os Cave Story recordam as datas em que partilharam o palco com músicos que admiram, como os portugueses Victor Torpedo e os The Act-Ups, afirmando também que mais importante do que um público numeroso é uma plateia realmente interessada na música.

Sobre o panorama musical caldense, Gonçalo Formiga confessa que gostava muito que continuassem a nascer bandas nas Caldas. Ainda há pouco tempo, num concerto na Guarda, houve um espectador que lhe mencionou as Caldas como paragem obrigatória nos anos 90 quando alguém queria assistir a espectáculos musicais. O mais importante, referiu o vocalista,

“é que as pessoas não façam música logo a pensar no sucesso que podem ou não vir a ter, mas sim porque é isso que gostam de fazer”. 

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