Autora franco-portuguesa apresentou os seus livros no sábado, 10 de junho
A escritora Deolinda Silva esteve na Alliance Française das Caldas da Rainha onde deu a conhecer os seus dois livros “Telhado Aberto” e o “Amor em Lista de Espera”.
Ambos estão traduzidos em francês, um pedido expresso dos seus leitores gauleses, interessados em conhecer as suas narrativas. “Escrevo sobre o amor. É por norma o fio condutor das minhas histórias”, disse a autora que é natural de Viana do Castelo e que viveu durante 37 anos em França.
A primeira obra teve uma tradução externa ao passo que o segundo já foi a própria autora a responsável pela tradução. “Amor em Lista de Espera” é um livro que Deolinda da Silva dedica ao marido que faz hemodiálise há sete anos. “É uma obra cheia de esperança, um grito de amor à própria vida”, referiu a escritora franco-portuguesa que se sente bem nos dois países e que gosta de escrever nas duas línguas.Os seus pais emigraram para França nos idos anos 60 quando Deolinda tinha apenas três anos.
“Sempre trabalhei na área do secretariado e quando vim para Portugal mantive-me na mesma área”, contou a escritora que se dedica à escrita dos seus livros ao fim do dia e, sobretudo, durante os serões. “Um dia gostava de me dedicar apenas à minha escrita… É nas minhas histórias que me sinto realizada e feliz”, contou a convidada que esteve pela primeira vez nas Caldas, onde se sentiu bem acolhida. Do Oeste, Deolinda Silva conhece bem a zona da Nazaré.
A primeira obra “Telhado Aberto” é sobre uma jovem que tem sonhos premonitórios onde vê regularmente um desconhecido que lhe pede ajuda. A trama desta história passa-se em Viana de Castelo, no Porto e também em Lisboa.
“É uma narrativa muito emocionante”, garantiu a autora revelando ainda que “um terço do livro foi escrito a chorar”. E isto porque a obra aborda o tema dos sem-abrigo, algo que a sensibiliza. A sessão de apresentação contou com vários franceses que vivem na região e que quiseram vir conhecer a autora que já tem as suas duas obras traduzidas.
Segundo a diretora da Alliance das Caldas, Lisette Pereira, há a intenção de continuar a trazer autores para momentos de partilha entre as duas culturas. “É uma excelente oportunidade para conhecer melhor escritores franceses e portugueses”, rematou. ■