“A Caixa” inspira exposição de arte contemporânea em Óbidos

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Notícias das CaldasA Caixa dá mote à exposição de arte contemporânea que se encontra patente na galeria novaOgiva, em Óbidos, até 12 de Maio. A curadora Genoveva Oliveira parte de um objecto e da sua simbologia – a caixa – para o cruzar com as questões do género, identidade e território.
Carla Cruz, Filipe Curado, Isabel Lima, Belmira Seco, Teresa Mendonça, Paulo Canilhas e Nelson Crespo foram os artistas escolhidos para ter as peças em exposição na galeria, por abordarem estas questões nos seus trabalhos.

A mostra começa com uma projecção, da autoria de Isabel Lima, com o número de mulheres que sofrem violência e termina (no último piso da nova Ogiva) com uma instalação da mesma artista, intitulada “pó de arroz”, onde estão bem vincadas as temáticas que dão mote à exposição.
De acordo com Ana Calçada, responsável pela Rede de Museus e Galerias de Óbidos, houve também o objectivo de que entre os artistas estivesse um da região. A escolha recaiu em Nelson Crespo, licenciado em artes plásticas pela ESAD e actualmente a residir em Londres, que “cria a identidade através do passaporte, nomeadamente com a data de 1985, antes da entrada de Portugal na CEE”, explica a responsável, dando nota da sua técnica de xilogravura.
O escultor autodidacta Filipe Curado, residente em Alcobaça, apresenta um conjunto de peças em mármore, “aparentemente um material frio, mas que passa uma ideia de maior sensibilidade”, explica Ana Calçada, acrescentando que o artista trabalha bastante as temáticas da identidade, raízes e território.
Paulo Canilhas, cujos campos de expressão se desenvolvem nas áreas da pintura, desenho, instalação e digital, numa das suas obras apresenta um auto retrato com as suas inquietações, ao nível digital, mecânico, do pensamento e da insegurança.
A trabalhar há vários anos a questão do género, Carla Cruz expõe um cartaz onde identifica todas as pessoas que entre 2005 e 2012 trabalharam no seu projecto de introspecção sobre a mulher, juntamente com fotografias que resultam de uma performance que realizou.
Os tons quentes de Angola também estão presentes na exposição, com a tapeçaria artística de Belmira Seco, que também aborda as questões do género, mostrando motivos da natureza feminina.
Entre os dias 18 e 22 de Março, a curadora Genoveva Oliveira realizou uma residência criativa de curadores, que teve a originalidade de ter uma componente teórica e, simultaneamente, uma parte prática, com o acompanhamento da montagem da exposição.

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