Faria Artur lançou novo livro sobre o Portugal dos anos 70

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Gazeta das Caldas
Faria Artur tem familiares caldenses e casa em Tornada
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O jornalista e escritor tem ligações familiares às Caldas da Rainha – a mãe é caldense e ele próprio possui casa em Tornada onde passa as férias e os fins de semana.

A história do livro “Amor, ioga e net ou a crónica do Senhor Alferes” começa em Fátima durante o almoço anual de antigos combatentes da Guerra Colonial, um ritual que costuma contar com a presença de familiares. Após o convívio, Jaime e dois antigos companheiros de armas (Germano e Zezé) peregrinam pelo Norte do país (Porto, Pitões das Júnias, Serra de Alvão), à procura de velhos camaradas.
Jaime é ex-alferes, combatente em Moçambique e é casado com Glória. O protagonista da obra colmata a monotonia casamenteira com conquistas nas redes sociais.
A história do livro recorda momentos da Guerra Colonial, bem como a morte, em 1971, de quatro cadetes numa lagoa da Tapada de Mafra durante a instrução.
Há também vários diálogos do protagonista nas redes sociais com mulheres de diferentes estratos, até à descrição de um fim-de-semana de Jaime e Paula, em Barcelona, aquando da erupção do vulcão na Islândia que fez parar o tráfego aéreo na Europa.
Gazeta das Caldas“As mulheres dos meus livros têm muita importância e personalidades muito fortes”, disse o autor à Gazeta das Caldas sobre esta nova obra que ainda retrata o papel da internet e da yoga nas relações entre as pessoas.
Em “Amor, ioga e net ou a crónica do Senhor Alferes” vive-se ainda a noite da queda do I Governo Constitucional, em Dezembro de 1977, assim como há referências históricas à fuga da rainha D. Amélia para Gibraltar, em Outubro de 1910, a partir da Ericeira, local onde reside a amante de Jaime, Paula. No fundo, o livro é “o retrato de um tempo”, segundo diz o seu autor. Para se documentar sobre os factos históricos, Faria Artur recorreu ao arquivo dos jornais da época.
Em 2012, o autor – que foi redactor, grande-repórter e editor do DN – já tinha escrito “Perdidos num Verão Quente”, com acção passada em 1974/1975. Nos anos 90, o autor foi distinguido por duas vezes com o prémio “Reportagem na Europa” dos gabinetes em Portugal do Parlamento Europeu e da Comissão da União Europeia.

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