Festival de Ópera terminou no domingo com lotação esgotada. Município quer manter qualidade da proposta
Terminou no domingo 15 de setembro, o Festival de Ópera de Óbidos (FOO) com a segunda apresentação da grande produção deste ano “A Filha do Regimento”, que foi apresentada no Convento de S. Miguel, nas Gaeiras . A peça foi encenada por Jorge Balsa, feliz por ter conseguido contar com um tenor croata para esta produção, possibilitando ao FOO ter um lado mais internacional. “Conseguimos encontrar o humor e mostrar que a ópera pode ser acessível e divertida”. Valentino Blasina, o protagonista da peça – que é croata e que está radicado na Áustria – apreciou ver a reação positiva das pessoas que não têm acesso a este tipo de espetáculos. Também sublinhou que gostou de trabalhar com toda a equipa lusa.
No dia anterior, a Gala da Ópera decorreu no Largo da Fonte, em Olhos d’Água (Olho Marinho) e contou com a participação da Orquestra Filarmónica Portuguesa. E, mais uma vez, contou com lotação esgotada. No total, as sete récitas do festival tiveram dois mil espectadores.
Segundo Filipe Daniel, presidente da Câmara de Óbidos, o balanço “é extremamente positivo, com as óperas a surpreenderam as plateias”. Segundo o edil obidense pretende-se “trazer a cultura para junto da população: democratizando-a e criando novos públicos”. Para Filipe Daniel, “queremos manter a chancela de grande qualidade”. José Rafael Rodrigues, o coordenador do FOO, afirmou que foi “emocionante” presenciar as reações do público do festival, que esgotou cinco das sete récitas. Na sua opinião, o FOO “é acarinhado pela região e que está cada vez mais enraizado e consolidado”. Responsável do evento referiu que trazer a ópera a locais inusitados, fora dos circuitos tradicionais foi “um objetivo cumprido”. Festival é organizado pela Banda de Alcobaça Associação de Artes com município obidense e DGArtes. ■