Foi lançado recentemente o terceiro disco dos Memória de Peixe, grupo indie pop com raízes caldenses
“III” assim se intitula o aguardado terceiro álbum longa-duração dos Memória de Peixe.
Este disco, estreado em Lisboa, em abril, assinala um novo capítulo no percurso deste grupo musical, criado pelo guitarrista e produtor caldense Miguel Nicolau, e que agora passa a ser acompanhado por Filipe Louro (baixo) e Pedro Melo Alves (bateria e eletrónica).
Os Memória de Peixe dedicam-se às sonoridades indie, pop, experimental, psicadelismo, passando pelo jazz e pelo hip-hop. O grupo funde rock, jazz e espaço para o improviso, apostando numa forte dimensão visual e conceptual. Dos seus espetáculos fazem parte ambientes imersivos, com projeções vídeo, interlúdios, hologramas e momentos de improvisação.
Os Memória de Peixe apostam neste novo álbum em canções melódicas e introspectivas como em “El Vuelo”, onde um pássaro voa tão alto que ultrapassa os limites da realidade e em “The Sun Inside Your Eyes”, um instrumental que nos sugere o clímax crescente da paixão. “Coincidentia” é um convite à dança e ao hip-hop jazz de ao jazz contemporâneo, exploratório e enérgico de “03:13” e aos ambientes noctívagos de “Not Tonight”, onde se pode também ouvir o saxofone de José Soares. Por fim, ainda evocam um imaginário vintage de glamour noir com temas como “Golden Fiasco” ou “Under The Sea”.
Para Miguel Nicolau, Filipe Louro e Pedro Melo Alves, este terceiro disco “fala sobre recomeços. É uma promessa luminosa de esperança, um convite a imaginar mundos melhores e uma maior consciência coletiva, sem nos rendermos à distopia emergente”.
Mas, acima de tudo, marca o regresso da banda ao ativo. O disco foi dado a conhecer no final de dezembro, numa atuação no festival Impulso. Nessa altura, Miguel Nicolau contou à Gazeta que estas canções falam sobre os dias de hoje, onde sobressaem as novas tecnologias. Em simultâneo, contou que também se aborda as temáticas da esperança, de reconciliação com fantasmas do passado e de estranhas mensagens vindas do futuro.
“III” foi lançado em março nas plataformas digitais, com o selo da Omnichord Records (Leiria) e tem disponíveis os formatos físicos do disco, em vinil e também em cassete, limitados a 300 e 50 exemplares, respetivamente. Estes últimos estão a cargo da editora que é também caldense, a Ticket To Ride Records.